Para começar a entender o emprego do infinitivo precisamos primeiro compreender o que é o infinitivo.
Na gramática, o infinitivo é uma das três formas nominais do verbo, que são: gerúndio, particípio e infinitivo.
As formas estão relacionadas com o modo que o verbo se apresenta. Vamos entender as três formas:
Gerúndio:
Nesta forma verbal, a ideia transmitida é de uma ação prolongada, que ainda está acontecendo, dando continuidade em ação verbal.
Os verbos geralmente são terminados em ando, endo, indo, nas três primeiras conjugações. Exemplos: falando, estudando, vindo, sentindo, entre outros.
Particípio:
Usado na formação de tempos verbais compostos. Transmite a ideia de conclusão na ação verbal.
Os verbos geralmente são terminados em ado, e ido nas três primeiras conjugações. Exemplos:: amado, vivido, partido, entre outros.
Além disso também há os particípios irregulares, geralmente terminados em to ou so. Exemplos: eleito, expresso, extinto, entre outros.
Infinitivo:
Agora que já entendemos a ideia geral das outras duas formas nominais do verbo, vamos aprender como se dá o emprego do infinitivo.
O infinitivo é a forma com qual o verbo se apresenta naturalmente, sem conjugação.
Ele pode ser classificado de duas formas: pessoas e impessoal. As duas formas são utilizadas em situações distintas e vamos entender mais sobre elas.
O infinitivo pode ser classificado em infinitivo pessoal (flexionado) e infinitivo impessoal (não flexionado). São utilizados em situações distintas.
Primeiramente, vamos entender a ideia geral para facilitar a diferenciação. O infinitivo pessoal é flexionado, ou seja, se refere a um sujeito.
Já o infinitivo impessoal é não flexionado, quando não se refere a nenhum sujeito e seu emprego é baseado em tendências linguísticas. Veja mais detalhes sobre cada um.
Infinitivo pessoal (não flexionado)
O infinitivo pessoal está ligado a um sujeito e, por isso, varia em número e pessoa. Os verbos regulares do infinitivo são terminados iguais às do futuro do subjuntivo.
Exemplos com verbos:
- Dar: dar, dares, dar, darmos, dardes, darem.
- Poder: poder, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem.
- Rir: rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem.
Exemplos de uso
- O padre pediu para darmos doações.
- Acho essencial podermos cozinhar.
- Fizemos eles rirem da situação.
Aplicação Infinitivo pessoal em diferentes situações:
1- Quando faz referência a um sujeito expresso na oração.
Exemplos:
- Se não você tiver o convite, é melhor ir ao casamento
- Se não conversarmos, não vamos nos entender.
2- Quando faz referência a um sujeito não expresso na oração, mas pode ser conhecido a partir da flexão verbal.
Exemplos:
- Talvez seja melhor escrevermos as cartas.
- Por irem à festa não quer dizer que eu vá.
3- Quando o sujeito é indeterminado.
Exemplos:
- Ouvi dizerem que é uma pessoa quieta
- Deixarem as coisas aí espalhadas na casa não ajuda.
4- Quando o objetivo é enfatizar a oração.
Exemplos:
- Assim era a rotina deles: a ajudarem as pessoas, a disponibilizarem seu tempo e suas coisas, a cuidarem dos outros.
- A brincarem na rua até a hora do jantar, foi assim o feriado.
Infinitivo impessoal
Já no caso do infinitivo pessoal, não é feita referência ao sujeito, ele se apresenta de forma genérica ou é vago.
As terminações são: ar, er, ir, para as três primeiras conjugações.
Exemplos do uso do infinitivo impessoal
- Nós não queremos saber a verdade.
- Eles gostam de ouvir pagode.
- Fazer exercício melhora a saúde.
Aplicação Infinitivo impessoal em diferentes situações:
1- Quando não faz referência a um sujeito expresso na oração.
Exemplos:
- É essencial estudar.
- O importante é aceitar as desculpas.
2- Serve como complemento nominal, sendo expresso depois da preposição “de”
Exemplos:
- Não existe matéria mais difícil de estudar.
- É mais fácil de entender quando não é com você....
3- Quando fazem parte de uma locução verbal
Exemplos:
- Elas devem cooperar em breve.
- Eles devem conversar sobre tudo.
4- Quando exprime ordem.
Exemplos:
- Andar!
- Disse às crianças: Imediatamente, marchar!