O relevo e a hidrografia da região Centro-Oeste do Brasil

Para compreender melhor uma região, é importante conhecer sobre suas características físicas.

O relevo constitui, basicamente, as formas da superfície terrestre, moldadas por agentes internos e externos. Já a hidrografia é uma área do conhecimento que estuda as águas do planeta Terra.

Estes dois elementos naturais – relevo e hidrografia – são importantes para compreender o tipo de ocupação e atividade que a humanidade desenvolveu historicamente em cada local do globo.

Região Centro-Oeste do Brasil

É uma das cinco regiões do Brasil, juntamente com o Norte, o Nordeste, o Sul e o Sudeste. A região Centro-Oeste do Brasil é constituída pelos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, bem como o Distrito Federal.

Mapa da região centro-oeste do Brasil.

Ocupa uma extensão territorial de 1.612.000 km², sendo a segunda maior região brasileira. A região tem fronteiras a Bolívia e Paraguai, e não faz divisa com o Oceano.

É a região menos populosa do país e a segunda menos povoada. É na região Centro-Oeste em que se encontra a capital do Brasil, a cidade de Brasília.

Relevo da região Centro-Oeste do Brasil

O relevo da região Centro-Oeste do Brasil é marcado por elevadas altitudes. Os terrenos são cristalinos e sedimentares, e os extensos planaltos marcam a paisagem.

Relevo da região Centro-Oeste do Brasil.

Há um destaque também para as depressões do Centro-Oeste, cobertas por florestas e por cerrados. Está na região também a maior planície úmida do mundo, que é o Pantanal Mato-grossense.

É uma região muito rica em biodiversidade, tanto de plantas, quanto de animais. São 15 unidades de relevo que formam esta região, sendo elas:

1. Planaltos e Chapadas dos Parecis;
2. Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná;
3. Planaltos e Serras de Goiás-Minas;
4. Serras Residuais do Alto Paraguai;
5. Planaltos Residuais Sul-Amazônicos;
6. Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba;
7. Depressão do Araguaia;
8. Depressão do Tocantins;
9. Depressão Cuiabana;
10. Depressão do Alto Paraguai-Guaporé;
11. Depressão Marginal Sul-Amazônica;
12. Depressão do Miranda;
13. Planície do Rio Araguaia;
14. Planície e Pantanal do Rio Guaporé;
15. Planície e Pantanal Mato-Grossense.

Os vários processos erosivos pelos quais a região passou moldaram o relevo local, formando os planaltos e as depressões. A diversidade de relevos na região influencia o tipo de atividade humana em cada uma delas.

A predominância na região é pelos planaltos. Um dos locais de maior destaque na região, especialmente pelo turismo, é a Chapada dos Veadeiros.

Há outras partes importantes, como a Serra das Araras, Serra do Tombador, Serra Azul, Serra da Bodoquena e o Maciço do Urucum.

As depressões acompanham o curso dos rios da região, apresentando altitudes que vão até os 400 metros mais ou menos. Nas planícies se desenvolvem baías, cordilheiras e vazantes.

Hidrografia da região Centro-Oeste do Brasil

A região Centro-Oeste do Brasil tem uma hidrografia caracteriza pela presença de cinco Regiões Hidrográficas, sendo elas:

1. Região Hidrográfica Amazônica;
2. Região Hidrográfica do Paraguai;
3. Região Hidrográfica do Paraná;
4. Região Hidrográfica do São Francisco;
5. Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia.

Alguns dos importantes rios da região são: Paraguai, Paraná, Rio das Almas, Rio das Mortes, Rio Taquari, Araguaia, Xingu, Jurema, Aripuanã, Arinos, São Manuel, dentre outros.

Hidrografia da Região Centro-Oeste do Brasil.

Condições climáticas da região Centro-Oeste do Brasil

Como a maior parte da região Centro-Oeste encontra-se na região tropical do globo, as condições climáticas se dividem em dois períodos do ano: uma estação chuvosa e outra seca.

Há variações dependo do local, da altitude, da vegetação. A estação mais chuvosa é o verão, que vai desde outubro até março. Já a estação seca corresponde ao inverno, e vai desde abril até setembro.

Os climas da região são: Equatorial, Tropical Continental, Tropical de Altitude e Subtropical. A vegetação é caracteriza pelo Cerrado, Floresta Amazônica, Floresta Tropical, Campos e Pantanal.

O Cerrado é um dos biomas que mais tem sofrido com a expansão da fronteira agrícola no país, perdendo grande parte de sua biodiversidade.