
As rochas são elementos naturais que sofrem transformações ao longo do tempo.
Estes agregados de minerais estão suscetíveis aos fenômenos da natureza, como a chuva, os ventos, a temperatura da radiação solar, a ação de microrganismos, dentre outros.
As dinâmicas pelas quais as rochas passam também estão relacionadas com a profundidade dos rios (sedimentação), a formação e qualidade dos solos, a constituição das paisagens terrestres.
Existe um processo muito importante na dinâmica das rochas, que é o intemperismo.
Quer saber mais sobre o que é intemperismo, quais os tipos de intemperismo e o que é o intemperismo físico? Então confira este artigo!
O que é intemperismo?
O processo erosivo pelo qual as rochas passam é caracterizado por alguns momentos, os quais são: intemperismo, transporte e sedimentação.
Todas as rochas passam pelo processo do intemperismo ao longo do tempo, tanto as magmáticas, quanto as sedimentares e as metamórficas.
Intemperismo cavernoso em rochas
A desagregação das partículas que formam as rochas é responsável pela formação dos solos, por isso há uma grande diversidade de tipos de solos no mundo.
E isso depende de fatores como temperatura, chuvas, ação de seres vivos decompositores, mudanças climáticas, vegetação, etc.
Assim, os processos do desgaste, transporte e ainda a acumulação dos sedimentos resultantes do intemperismo são o que é conhecido como erosão.
Existem três tipos de intemperismo: físico, químico e biológico.
Intemperismo: físico, químico e biológico
O intemperismo físico é um dos tipos de intemperismo, juntamente com o químico e o biológico. Ele é o processo mecânico de desgaste das rochas, ou desagregação das partículas destas.
Estas partículas que são desprendidas das rochas são transportadas até as regiões mais baixas do terreno, seja pelos ventos ou pelas águas.
Com isso, vão se sedimentando ao se agruparem com outras partículas também transportadas. Existem algumas formas principais pelas quais o intemperismo físico ocorre, sendo elas:
- Variação de temperatura: quando as rochas sofrem variações entre baixas e altas temperaturas. Com isso, há um processo de dilatação e contração dos minerais que compõem as rochas. Diante disso, pode haver a fragmentação ou fratura das rochas.
- Ação do gelo: o congelamento da água que está dentro dos poros da rocha faz com que essa água expanda (gelo), e ao expandir, há uma grande pressão no interior da rocha, podendo esta se quebrar.
- Crescimento das raízes nas fendas das rochas: quando raízes ou partes e plantas conseguem infiltrar nos poros e fragmentos das rochas, vão crescendo e com o tempo causam grande pressão, podendo fragmentar as rochas.
Esse tipo de intemperismo é muito comum.
Os outros dois tipos são o biológico (causado pela ação de bactérias, fungos) e o químico (quando há reações químicas no interior das rochas, seja pelo contato com água, dissolvendo os materiais solúveis).
Os fatores que estão relacionados com o intemperismo físico são o clima, o relevo, a rocha matriz, tempo de exposição aos agentes naturais, flora e fauna, etc.
Intemperismo físico no Brasil
O intemperismo físico é comum no Brasil, e está pautado em alguns aspectos, como: quebra da rocha por expansão térmica, alívio de pressão no interior da rocha, congelamento e degelo da água (expansão, contração), precipitação de sais, sendo que os agentes físicos atuantes são pressão e temperatura.
As regiões de clima tropical acabam sofrendo com grande intensidade os efeitos do intemperismo, especialmente por conta das mudanças na temperatura e nos elevados índices pluviométricos.
Nestas condições, o intemperismo químico acaba sendo predominante.
Um dos lugares mais conhecidos do Brasil onde se pode ver a ação do intemperismo sobre as rochas é no Parque Estadual de Vila Velha, no Paraná, onde estão espalhadas formações geológicas de arenitos que denotam do período Carbonífero (340 milhões de anos).
Parque Estadual de Vila Velha, no Paraná: Intemperismo físico no Brasil
Quando o mar interior que havia naquela região foi drenado, as rochas ficaram expostas, já intemperizadas. Estas rochas sofreram com a ação dos ventos e da chuva ao longo do tempo, formando esculturas naturais.