
A queda do Império Romano do Ocidente que ocorrem em 476 d.C é o marco histórico que define o início do período conhecimento como medieval.
O Império Romano do Ocidente
O Império Romano perdurou por cerca de cinco séculos de 27 a.C a 476 d.C abrangendo os territórios que iam do Rio Reno até o Egito e da Grã-Bretanha à Ásia Menor.
O que chamamos de Império Romano do Ocidente se refere à parte do Império Romanos que tinha como capital sede Roma, por outro lado a parte oriental tinha como capital Bizâncio, que depois será chamada de Constantinopla.
A base política dessa civilização era a concentração de poder nas mãos do imperador. O primeiro imperador era Otaviano Augusto e o último foi Constantino XI. O senado tinha como principal função servir e apoiar as decisões do imperador.
Quais as causas da queda do império romano do ocidente?
O início da decadência do Império Romano do Ocidente foi no século IV d.C, e suas causas podem ser divididas em três fatores principais: as invasões bárbaras, crise política econômica e os conflitos entre os militares para alcançar o poder.
Com as mudanças climáticas e também os avanços de outros povos, os povos bárbaros no norte da Europa e da Ásia, conhecidos como povos germânicos, estes começara a migrar para a cidade de Roma.
Por sua vez, devido aos grandes contingentes de correntes migratórias o Império começou a deslocar forças do exército para impedir a entrada dos bárbaros e proteger Roma.
A partir do século IV as ondas migratórias de bárbaros cresceram significativamente, sobretudo devido ao avanço da dominação dos povos Hunos, estes tinham como prática de invasão o saque das tribos e a destruição, obrigando os germânicos a expandirem suas fronteiras para o Império Romano.
Os povos germânicos que chegaram ao Império Romano em sua maioria Hunos, os visigodos, ostrogodos, francos e também os anglo-saxões. Estes avançavam em direção a Roma, destruindo todas as cidades.
Somado a isso, o século III será composto por uma grande instabilidade política e econômica em Roma, será o período em que em menos de 50 anos o poder será repassado por 16 imperadores, a maioria mortos devido a corrupção e conspirações.
Será nesse momento também que política irá voltar seus olhos para os territórios recém-conquistados, deixando de lado a busca por novos territórios, o que teve como consequência a diminuição dos escravos obtidos como prisioneiros de guerra.
Este contexto gerou uma crise no sistema escravista e também uma grave crise na produção agrícola, tendo como repercussão a miséria e a fome que irão abater a população, inclusive as forças do exercito.
Ruínas do fórum romano na cidade de Roma, Itália.
Sobre as questões econômicas, a decadência iniciou movida pelo fim da escravidão e a mudança para o sistema de colonato. Este era a prestação de serviços das pessoas mais pobres para os grandes proprietários de terras.
Estes contratavam o serviço e a partir de um acordo ofereciam terras e proteção. Na medida em que os proprietários de terra iam modificando sua forma de trabalho nas suas terras da escravidão ao colonato, houve também uma decadência das atividades comerciais nas cidades.
Em 476, o líder Odoacro coordenou um grande ataque a Roma, ataque este que retirou do poder o último imperador romano, Rômulo Augusto.
Neste momento, a população romana já tinha realizado um intenso êxodo das cidades para as zonas rurais buscando fugir das invasões e dos saques, o que diminuiu a malha urbana de Roma.
Após este processo os povos germânicos irã constituir e integrar diversos reinos no território romanos, o que dará inicio a organização da sociedade medieval.