De acordo com a Sociedade Brasileira de
Cardiologia, as doenças cardiovasculares compõem
a principal causa de morte no Brasil, contabilizando
uma morte a cada 90 segundos. Esse cenário
epidemiológico também exige mudanças na oferta de
cuidados em saúde no país, voltados à prevenção,
cura e reabilitação de pessoas com este tipo de
patologia. É correto afirmar que a intervenção da
terapia ocupacional junto a pessoas cardiopatas
deve levar em conta:
✂️ a) aspéctos referentes a melhora dos quadros de saúde
mental associados a um início de atividades de
caminhada e exercícios isométricos, a fim de evitar
novos acidentes cardíacos e preservar a
funcionalidade corporal do usuário, evitando perdas
de massa musucular, de amplitude articular e a
formação de úlceras de pressão no momento da
internação. ✂️ b) a necessidade de início imediato de uma rotina de
treinos cardiorespiratórios em ambientes de
academia, piscinas ou no próprio ambiente
hospitalar, dando preferência para a realização de
atividades utilizando-se peso e exercícios de
resistência, que serão responsáveis pela
recuperação das funções respiratórias e preservação
de novos adoecimentos cardíacos. ✂️ c) os aspectos clínicos que interferem na
morbimortalidade do usuário, considerando os
fatores de risco, o prognóstico clínico, a frequência
cardíaca máxima e mínima seguras para o usuário,
as sequelas instaladas e seu impacto no
funcionamento do sistema cardiovascular, na
realização de atividades cotidianas, bem como as
ações planejadas pelo cirurgião para o futuro. ✂️ d) a imediata aplicação de atividades de ocupação que
mantenham o usuário sempre ocupado e em boas
condições de saúde mental, prevenindo quadros
depressivos e de fobias provenientes do processo de
adoecimento cardiorespiratório e da medicação
utilizada, contribuindo assim, para o bom andamento
do tratamento. ✂️ e) o treino para a realização de adaptações para todas
as atividades de vida diária via automação
residencial ou com o apoio de cuidadores e
familiares do usuário, uma vez que as atividades
realizadas de forma independente pelo usuário não
serão mais possíveis após a realização de cirurgias
cardíacas, especialmente aquelas de grande porte
ou de transplante.