O procedimento forense denominado carving, que consiste em
algoritmos de reconstrução de arquivos com base na recuperação
de fragmentos e reconhecimento de conteúdos típicos, é
oferecido em muitas ferramentas forenses.
Sobre esse procedimento, o analista forense deve considerar
que:
a) a opção de carving deve ser empregada quando disponível na
ferramenta de recuperação de dados, já que garante a
recuperação de todos os dados que o usuário do dispositivo
tenha apagado, incidental ou propositadamente, permitindo
relacioná-los diretamente a ele;
b) o procedimento de carving deve ser utilizado com critério,
pois há o risco de se recuperarem dados de usos anteriores
de um dispositivo de armazenamento, sem relação com o
usuário ou os fatos sob investigação, podendo ser
desaconselhável em algumas situações;
c) uma das vantagens do uso de carving é que os algoritmos de
reconhecimento seguem um padrão, garantindo o mesmo
resultado, independentemente da ferramenta ou versão
utilizadas;
d) dados recuperados por carving são interessantes para
subsidiar uma investigação, mas não têm valor forense real,
devido à variabilidade de resultados (a depender da
ferramenta ou versão utilizada), além de não recuperarem
metadados como nomes dos arquivos ou datas de acesso;
e) na maioria dos casos, ele não é de grande utilidade, pois
recupera apenas fragmentos de arquivos removidos pelo
usuário, não sendo útil no caso de uma formatação lógica do
dispositivo, ainda que recente.