“A prática da agricultura tem mais de 10 mil anos e é por causa dela que a humanidade chegou onde chegou (...). Já a agronomia foi organizada há apenas 200 anos, com a atribuição de estudar cientificamente a agricultura e também abastecer a sociedade cada vez mais urbanizada. Em menos de dois séculos, a agronomia contribuiu para uma profunda alteração nas formas de produção agrícola. De prática e saberes milenares que visavam sustentar a vida humana com produção de alimentos, a agricultura passou a ser um sistema intrincado de relações e negócios, que objetiva agora não apenas produzir alimento, mas mercadoria agrícola e lucro. Assim, um saber agrícola acumulado pela experiência vai se transformando na mão da agronomia, através de experimentos, em conhecimento científico – é o engenheiramento do mundo natural.” (...) (SILVA, Gislene. “Agrônomos, ser ou não ser.” In: Globo Rural, ano 16, n 188.Rio de Janeiro, EdGlobo, junho de 2001 )
Além de uma defesa da profissão dos agrônomos, o texto salienta a evolução técnico científica dos espaços agrícolas. Tal evolução é a responsável pela seguinte transformação no campo brasileiro:
✂️ a) o aumento da oferta de emprego, tanto para mão de obra qualificada quanto para a desqualificada.
✂️ b) a consolidação da diferença entre campo e cidade através de limites espaciais cada vez mais rígidos.
✂️ c) o aumento de atividades não agrícolas em espaço rurais, resultando em uma rede intrincada dos diferentes setores da economia.
✂️ d) as produções agrícolas controladas pelo poder público, pois os agrônomos são formados nas universidades federais. ✂️ e) a diminuição das produções através do sistema de plantations e, por conseguinte, a diminuição da concentração de terras.