Texto associado. José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.
(Machado de Assis, Dom Casmurro )
De acordo com o narrador, os seus plurais “careciam, alguma vez, da desinência exata” e eram, então, corrigidos
por José Dias, que também corrigiria o plural em:
✂️ a) Na sala, havia umas pessoas desconhecidas e, sobre a mesa, livros e revistas amareladas. ✂️ b) Havia no olhar das pessoas muitas interrogações sobre a organização das feiras e eventos. ✂️ c) Os maiores problemas com as leis que já havia ocorrido eram corrigidos rápido por ele. ✂️ d) Ali na sala estavam muitos livros de literatura brasileira, e muitos deles eu já havia lido. ✂️ e) Eles haviam permanecido calados durante a aula,
depois de bastantes broncas recebidas.