Texto associado. Leia o texto de Friedrich Nietzsche para responder à questão.
E se um dia, ou uma noite, um demônio lhe aparecesse furtivamente em sua mais desolada solidão e dissesse: “Esta vida, como você a está vivendo e já viveu, você terá de viver mais uma vez e por incontáveis vezes; e nada haverá de novo nela, mas cada dor e cada prazer e cada suspiro e pensamento, e tudo o que é inefavelmente grande e pequeno em sua vida, terão de lhe suceder novamente, tudo na mesma sequência e ordem […]. A perene ampulheta do existir será sempre virada novamente — e você com ela, partícula de poeira!”. — Você não se prostraria e rangeria os dentes e amaldiçoaria o demônio que assim falou? Ou você já experimentou um instante imenso, no qual lhe responderia: “Você é um deus e jamais ouvi coisa tão divina!”. Se esse pensamento tomasse conta de você, tal como você é, ele o transformaria e o esmagaria talvez; a questão […] “Você quer isso mais uma vez e por incontáveis vezes?” pesaria sobre os seus atos como o maior dos pesos!
(Friedrich Nietzsche apud Eduardo Giannetti. O livro das citações , 2008.)
As palavras podem mudar de classe gramatical sem
sofrer modificação na forma. Basta, por exemplo, antepor-se
o artigo a qualquer vocábulo da língua para que ele se torne
um substantivo. A este processo de enriquecimento vocabular pela mudança de classe das palavras dá-se o nome de
“derivação imprópria”.
(Celso Cunha. Gramática essencial , 2013. Adaptado.)
Observa-se um exemplo de derivação imprópria no seguinte
trecho:
✂️ a) “Esta vida, como você a está vivendo e já viveu, você terá
de viver mais uma vez”. ✂️ b) A perene ampulheta do existir será sempre virada
novamente”. ✂️ c) “Você não se prostraria e rangeria os dentes e amaldiçoaria o demônio que assim falou”. ✂️ d) “Você é um deus e jamais ouvi coisa tão divina”. ✂️ e) “Você quer isso mais uma vez e por incontáveis vezes”.