Leia:
O palácio da Ventura (Antero de Quental)
Sonho que sou um cavaleiro andante. Por desertos, por sóis, por noite escura, Paladino do Amor, busco anelante O palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e vacilante, Quebrada a espada já, rota a armadura... E eis que súbito o avisto, fulgurante Na sua pompa e aérea formosura!
Com grandes golpes bato à porta e brado: Eu sou o Vagabundo, o Deserdado... Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas de ouro, com fragor... Mas dentro encontro só, cheio de dor, Silêncio e escuridão — e nada mais!
No soneto, classificam-se, respectivamente, em aposto e vocativo
- ✂️
- ✂️
- ✂️
- ✂️