Texto associado. Para responder à questão, considere o conteúdo apresentado na publicação intitulada Enfermagem em terapia intensiva: práticas baseadas em evidências (Viana e Ramalho, 2021).
O choque cardiogênico constitui uma situação clínica de alto
risco e, uma vez diagnosticado, exige o início imediato de
medidas terapêuticas, o que inclui a administração de drogas vasoativas, entre elas, o uso frequente de dobutamina.
Para elaborar e implementar um plano de cuidados de
enfermagem que promova a administração segura desse
medicamento, o enfermeiro deve conhecer, entre outros
itens, seu mecanismo de ação (MA) e deve identificar
seus principais efeitos colaterais (EC), que são
✂️ a) MA = promove vasoconstrição da musculatura lisa
vascular, além de aumentar a absorção de água
pelos ductos coletores renais, aumentando assim a
pressão arterial; EC = deterioração da função hepática renal e trombocitopenial. ✂️ b) MA = apresenta diferentes efeitos dose-dependentes.
Em doses moderadas, estimula receptores beta, ocasionando aumento da contratilidade e da frequência
cardíaca. Em doses maiores, apresenta efeitos alfa
que promovem vasoconstrição e aumento da pressão
arterial; EC = taquicardia, cefaleia, náuseas e vômitos. ✂️ c) MA = apresenta um potente efeito agonista alfa e
beta adrenérgicos, capaz de aumentar a pressão
arterial mediante o incremento no débito cardíaco e
na resistência vascular sistêmica; EC = aumento dos
níveis de lactato, redução do fluxo regional, especialmente no território esplâncnico. ✂️ d) MA = tem um potente efeito inotrópico que promove
aumento do débito cardíaco, a partir da estimulação
beta um adrenérgica; EC = taquiarritmias, náuseas,
vômitos, cefaleia e flebites. ✂️ e) MA = produz efeito vasodilatador, promovendo redução na pré-carga, na pós-carga e na resistência vascular sistêmica; EC = taquiarritmias, hipotensão arterial, cefaleia e tremores. Pode ocorrer precipitação
se administrada concomitantemente à furosemida.