Mulher de 35 anos, com diagnóstico de epilepsia do
lobo temporal há 5 anos, controlada previamente com
carbamazepina 600 mg/dia, relata aumento recente na
frequência das crises parciais complexas. Nega uso
irregular da medicação. Exames laboratoriais revelam
níveis séricos dentro da faixa terapêutica da carbamazepina. A paciente refere ainda sonolência excessiva,
dificuldade de concentração e episódios de diplopia.
Como a monoterapia parece insuficiente, cogita-se associação com outro fármaco.
Considerando o perfil farmacológico da carbamazepina e
os potenciais riscos de interações medicamentosas, assinale a alternativa que apresenta a melhor estratégia de
associação antiepiléptica, com menor risco de interação
farmacocinética relevante e boa tolerabilidade.
✂️ a) Substituir carbamazepina por lamotrigina, iniciando
dose alta devido ao metabolismo indutor prévio. ✂️ b) Associar levetiracetam, que possui metabolismo
independente do citocromo P450 e baixo risco de
interação. ✂️ c) Associar fenitoína, por ter efeito sinérgico e metabolismo semelhante, com risco mínimo de interação. ✂️ d) Associar valproato, que aumenta os níveis da carbamazepina epóxido e pode potencializar efeitos
adversos. ✂️ e) Associar fenobarbital, pois é eficaz, barato e potencializa o efeito da carbamazepina sem aumentar
toxicidade.