Apesar dos protestos nas ruas e alertas da comunidade
internacional, o Parlamento da Geórgia adotou uma polêmica lei sobre a influência estrangeira, que afeta a regulação
de veículos de comunicação e Organizações Não-Governamentais (ONGs). A lei exige que os meios de comunicação e
as ONGs que obtenham mais de 20% de seu orçamento do
exterior se registrem como órgãos que “cumprem o interesse de uma potência estrangeira”. Para os opositores, essa
lei restringirá a liberdade de imprensa e obstruirá as chances de a Geórgia ingressar em organismos multilaterais de
cooperação internacional. A presidente da Geórgia, Salome
Zurabishvili, vetou a lei em 18.05.2024. Na ocasião, ela disse
que o texto “contradiz nossa Constituição e todas as normas
europeias”, representando um “obstáculo ao nosso caminho
europeu”.
(Parlamento da Geórgia aprova lei de
‘influência estrangeira’ em meio a protestos contra medida.
https://oglobo.globo.com, 29.05.2024. Adaptado.)
Sabendo que a Geórgia está localizada na Europa Oriental e
que integrou a União Soviética, a lei mencionada no excerto é um instrumento que limita seus interesses geopolíticos
quanto
✂️ a) à sua entrada no Conselho para Assistência Econômica Mútua (COMECON), uma vez que o país terá vantagens para importar gás natural produzido no bloco. ✂️ b) à sua admissão na Comunidade dos Estados Independentes (CEI), uma vez que o país busca estreitar as relações diplomáticas com a Rússia. ✂️ c) à sua condição de país-membro na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma vez que o país integra a aliança militar desde a dissolução da União Soviética. ✂️ d) à sua adesão à União Europeia (UE), uma vez que o país já possui o reconhecimento da sua condição de país candidato pelo bloco. ✂️ e) à sua participação no acordo de Oslo, uma vez que o país deseja integrar o Tribunal Penal de Haia para punir os crimes de guerra sofridos durante a separação da Iugoslávia.