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Em procedimentos de pequenas cirurgias odontológicas, o manejo da dor pós-operatória é ...
Responda: Em procedimentos de pequenas cirurgias odontológicas, o manejo da dor pós-operatória é um componente essencial para o bem-estar do paciente. Analise as alternativas abaixo e assinale a correta sobr...
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Por Sumaia Santana em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: Alternativa D
O manejo da dor após pequenas intervenções odontológicas funciona como um “acordo terapêutico” firmado antes mesmo de o procedimento começar. Assim como um viajante que consulta o mapa antes de entrar na estrada, o paciente precisa compreender o terreno que encontrará quando o efeito da anestesia desaparecer. É nesse ponto que reside o núcleo da alternativa correta: letra D.
Segundo as diretrizes contemporâneas de analgesia — inspiradas no modelo multimodal defendido pela OMS e adotado por entidades como ADA, CDC e UpToDate — a chave não é prometer ausência total de dor, mas explicar previamente como reconhecer o desconforto, quando iniciar a medicação e quais resultados esperar. Essa preparação diminui o medo do desconhecido, favorece o uso correto dos analgésicos e impede que a dor atinja intensidade elevada no período de transição da anestesia para a consciência plena do pós-operatório.
Qual a conduta esperada?
→ Orientação antes da cirurgia: o paciente deve sair do consultório já sabendo que tipo de dor é esperada, quando ingerir a primeira dose do analgésico e quais sinais de alerta indicam retorno ao dentista.
→ Analgesia inicial: anti-inflamatórios não esteroides a cada 6–8 horas são o pilar das primeiras 24–48 horas;
→ Uso restrito de opioides: apenas em situações excepcionais, quando outras estratégias falham, e sempre por tempo curto;
→ Corticosteroides como coadjuvantes: uma dose única, quando apropriado, pode atenuar dor e edema, desde que utilizada com critério;
→ Atenção às contraindicações: pacientes com risco gastrointestinal, doença renal crônica, uso de anticoagulantes ou gestação avançada exigem esquemas ajustados e maior cautela;
Por que as demais alternativas estão erradas?
A – “Falar de dor aumenta ansiedade.”
Equivocada. O que reduz ansiedade é a informação clara. O silêncio sobre o tema deixa o paciente sem referências e aumenta apreensão.
B – “Não há necessidade de orientar.”
Incorreto. Toda diretriz séria exige instruções verbais e escritas. O pós-operatório não pode depender de improviso.
C – “A explicação só deve ocorrer depois que a dor aparece.”
Inadequado. A analgesia moderna valoriza o princípio pré-emptivo: agir antes do desconforto se instalar melhora todo o curso da dor.
E – “Somente cirurgias grandes precisam de orientação.”
Também falso. Qualquer manipulação tecidual pode gerar dor. A diferença não está se orientar, mas como ajustar o plano ao risco individual.
O manejo da dor após pequenas intervenções odontológicas funciona como um “acordo terapêutico” firmado antes mesmo de o procedimento começar. Assim como um viajante que consulta o mapa antes de entrar na estrada, o paciente precisa compreender o terreno que encontrará quando o efeito da anestesia desaparecer. É nesse ponto que reside o núcleo da alternativa correta: letra D.
Segundo as diretrizes contemporâneas de analgesia — inspiradas no modelo multimodal defendido pela OMS e adotado por entidades como ADA, CDC e UpToDate — a chave não é prometer ausência total de dor, mas explicar previamente como reconhecer o desconforto, quando iniciar a medicação e quais resultados esperar. Essa preparação diminui o medo do desconhecido, favorece o uso correto dos analgésicos e impede que a dor atinja intensidade elevada no período de transição da anestesia para a consciência plena do pós-operatório.
Qual a conduta esperada?
→ Orientação antes da cirurgia: o paciente deve sair do consultório já sabendo que tipo de dor é esperada, quando ingerir a primeira dose do analgésico e quais sinais de alerta indicam retorno ao dentista.
→ Analgesia inicial: anti-inflamatórios não esteroides a cada 6–8 horas são o pilar das primeiras 24–48 horas;
→ Uso restrito de opioides: apenas em situações excepcionais, quando outras estratégias falham, e sempre por tempo curto;
→ Corticosteroides como coadjuvantes: uma dose única, quando apropriado, pode atenuar dor e edema, desde que utilizada com critério;
→ Atenção às contraindicações: pacientes com risco gastrointestinal, doença renal crônica, uso de anticoagulantes ou gestação avançada exigem esquemas ajustados e maior cautela;
Por que as demais alternativas estão erradas?
A – “Falar de dor aumenta ansiedade.”
Equivocada. O que reduz ansiedade é a informação clara. O silêncio sobre o tema deixa o paciente sem referências e aumenta apreensão.
B – “Não há necessidade de orientar.”
Incorreto. Toda diretriz séria exige instruções verbais e escritas. O pós-operatório não pode depender de improviso.
C – “A explicação só deve ocorrer depois que a dor aparece.”
Inadequado. A analgesia moderna valoriza o princípio pré-emptivo: agir antes do desconforto se instalar melhora todo o curso da dor.
E – “Somente cirurgias grandes precisam de orientação.”
Também falso. Qualquer manipulação tecidual pode gerar dor. A diferença não está se orientar, mas como ajustar o plano ao risco individual.
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