Os ministros de 159 países concluíram ontem em conferência
em Bali, na Indonésia, o primeiro acordo comercial global
em quase 20 anos. É um pacote modesto quando comparado
com as ambições iniciais da Rodada Doha e abrange
menos de 10% do que estava previsto. Ainda assim, representa
um fôlego importante para a credibilidade da Organização
Mundial do Comércio (OMC).
(Folha de S. Paulo , 8.12.2013)
Um dos maiores impasses da negociação ocorrida em Bali
se deu entre
✂️ a) EUA e Índia acerca dos programas de segurança alimentar
dos países pobres, pois os EUA queriam garantias
de que os programas sociais não se tornariam uma
brecha para os países pobres subsidiarem pequenos produtores
rurais que dependem da compra de sua produção pelo Estado. ✂️ b) França e Japão acerca da desburocratização do comércio
internacional, pois o país europeu considerava que a
defesa japonesa da desburocratização nas aduanas e nos
portos representaria menor controle dos Estados nacionais
sobre a entrada e a saída de mercadorias. ✂️ c) Canadá e Rússia acerca da exploração de petróleo no
Oceano Ártico, pois os dois países disputam a soberania
de alguns territórios localizados na região, o que lhes
daria vantagem na exploração do combustível fóssil
agora que as calotas polares estão em derretimento. ✂️ d) Alemanha e China acerca da questão da preservação
ambiental, já que o país asiático afirmava que estabelecer
limites para o desmatamento significaria controlar o
crescimento econômico dos países em desenvolvimento,
pois os países europeus já destruíram a maior parte
de sua mata original. ✂️ e) Inglaterra e África do Sul acerca da ajuda aos produtores
de algodão de países africanos, pois os ingleses
defendiam que as condições socioeconômicas de alguns
países não poderiam se tornar um privilégio no contexto
das negociações, abrindo espaço para o favorecimento
de alguns em detrimento de outros.