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O texto justifica uma série de realidades na área de patentes de medicamentos. Nas a...

Responda: O texto justifica uma série de realidades na área de patentes de medicamentos. Nas alternativas a seguir, o fato e a justificativa apresentada casam perfeitamente, à exceção de uma. Assinale–a.


1Q134936 | Português, Analista Judiciário Arquivologia, TJ AM, FGV

Texto associado.

Volta à polêmica sobre patente de remédios

Patentes de medicamentos geralmente são reconhecidas

pelo prazo de dez anos, de acordo com regras internacionais

aceitas por muitos países. Esse prazo inclui a fase final de

desenvolvimento dos medicamentos, chamada pipeline no jargão

técnico. Muitas vezes, esse período até o lançamento comercial

do produto pode levar até quatro anos, de modo que em vários

casos o laboratório terá efetivamente cerca de seis anos de

proteção exclusiva para obter no mercado o retorno do

investimento feito.

A partir da perda de validade da patente, o medicamento

estará sujeito à concorrência de produtos similares e genéricos

que contenham princípios ativos encontrados no original. Por não

embutirem os custos de pesquisa e desenvolvimento do produto

original, os genéricos e similares podem ser lançados a preços

mais baixos do que os dos medicamentos de marca, que, no

período de proteção exclusiva, tiveram a oportunidade de

conquistar a confiança do consumidor e dos médicos que os

prescrevem para seus pacientes.

A pesquisa para obtenção de novos medicamentos

comprovadamente eficazes envolve somas elevadíssimas. Daí

que geralmente as empresas que estão no topo da indústria

farmacêutica são grandes grupos internacionais, ficando os

laboratórios regionais mais voltados para a produção de

genéricos e similares.

A necessidade de se remunerar o investimento realizado faz

com que, não raramente, os remédios sejam caros em relação à

renda da maioria das pessoas, e isso provoca conflitos de toda

ordem, em especial nos países menos desenvolvidos, onde se

encontram também as maiores parcelas da população que

sofrem de doenças endêmicas, causadas por falta de saneamento

básico, habitação insalubre, deficiências na alimentação etc.

Muitas vezes para reduzir o custo da distribuição de

medicamentos nas redes públicas os governos investem em

laboratórios estatais, que se financiam com subsídios e verbas

oficiais, diferentemente de empresas, que precisam do lucro para

se manterem no mercado. Esse conflito chega em alguns

momentos ao ponto de quebra de patente por parte dos países

que se sentem prejudicados. O Brasil mesmo já recorreu a essa

decisão extrema em relação ao coquetel de remédios para

tratamento dos pacientes portadores do vírus HIV e dos que

sofrem com a AIDS, chegando depois a um entendimento com os

laboratórios.

O tema da quebra de patente voltou à tona depois que a

Corte Superior da Índia não reconheceu como inovação um

medicamento para tratamento do câncer que o laboratório suíço

Novartis considera evolução do seu remédio original, Glivec. A

patente foi reconhecida nos Estados Unidos e em outros 39

países, o que provocou a polêmica. O Brasil hoje é cauteloso

nessa questão. Optou por uma atitude mais pragmática, que tem

dado bons resultados e permitido, inclusive, o desenvolvimento

de novos medicamentos no país. A quebra de patente não pode

ser banalizada.

(O Globo, 07/04/2013)

O texto justifica uma série de realidades na área de patentes de medicamentos. Nas alternativas a seguir, o fato e a justificativa apresentada casam perfeitamente, à exceção de uma. Assinale–a.

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