[...] uma das afirmações centrais concernentes à democracia consiste em admitir que se trata de uma forma política não só aberta aos conflitos, mas essencialmente definida pela capacidade de conviver com eles e de acolhê-los, legitimando-os pela institucionalização dos partidos e pelo mecanismo eleitoral. Tem sido também uma das bandeiras de luta democrática a negação do partido único como uma impossibilidade de fato e de direito para a prática democrática. Essas afirmações [...] omitem o fundamental [...]: a questão da qualidade. [...] Isso significa que se, por um lado, o pluripartidarismo implica aceitação das divergências, por outro, enquanto multiplicidade de posições, é apenas um signo da possibilidade democrática e não a efetividade democrática . Tanto isso é verdade que cada um dos partidos pode organizar-se de tal forma que nele não haja democracia interna, como ainda serve de álibi para aqueles que apontam os partidos como prova de inexistência de vida democrática. CHAUÍ, Marilena. Cultura e Democracia – o discurso competente e outras falas. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2011. No fragmento do texto de Chauí sobre a democracia, prioriza-se a abordagem de ordem
✂️ a) filosófica, porque enfoca os princípios dos sistemas econômicos. ✂️ b) sociológica, porque enfatiza uma reflexão sobre as instituições democráticas. ✂️ c) histórica, porque resgata o processo de construção das sociedades democráticas. ✂️ d) econômica, porque discute as relações entre democracia e sistemas políticos. ✂️ e) geográfica, porque valoriza a individualização de espaços com regimes políticos hegemônicos.