Segundo Alexandre Matos, no texto “Da escavação ao museu – caminhos da escavação”(2007), os trabalhos arqueológicos serão com certeza a maior fonte de ingresso de acervos nos museus portugueses, e raro é o caso de um museu que não disponha de uma coleção, por menor que seja, de Arqueologia, inclusive os museus municipais. Preocupado com isto, o autor apresenta reflexões e propostas para gestão da informação sobre coleções arqueológicas em museus, a saber:
✂️ a) o registro na base de dados de todo e qualquer patrimônio recolhido em escavação, que recebe um número de inventário, seja peça individual ou não, inclusive uma embalagem com conjunto de fragmentos que poderá, por reconstrução, dar origem a um ou mais objetos. ✂️ b) o registro de todos os eventos, documentos e entidades que se relacionam de alguma maneira com os artefatos. Assim, o autor formulou uma ficha especial para o registro destes eventos que, de tão essencial, deve ser preenchida mesmo quando os objetos não possuem registro ainda na base de dados. ✂️ c) o fato de se tratar de um banco de dados de estrutura relacional, torna importante que todas as fichas reiterem informações que se repetem de um objeto a outro, como, por exemplo, a autoria. Toda a informação sobre o autor (nome, pseudônimos, dados biográficos, cronologia, etc.) é registrada na ficha de cada objeto de mesma autoria. ✂️ d) a adoção de ferramenta tão flexível que suporte diversos métodos de trabalho utilizados por diferentes instituições e pesquisadores. Esta necessária flexibilidade também atinge a questão de nomenclaturas, e outros aspectos, que serão impossíveis de normatizar.