Fotos de corpos de macacos têm se espalhado pela internet desde o aumento, nos últimos meses, dos casos de febre amarela em regiões dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. E muitos desses animais não morreram por causa do vírus: foram executados com pedras, pauladas ou envenenamento. Além de cruel, a medida tem efeito contrário ao imaginado por muitas pessoas: prejudica o combate à doença. [...] Classificados por pesquisadores ouvidos pela BBC Brasil como "sentinelas" e "mártires", os macacos são o alvo preferido dos mosquitos silvestres que transmitem a febre amarela, que costumam voar na altura da copa das árvores. Mas o que os "caçadores" de macacos não sabem é que, ao contrário de evitar a propagação da febre amarela, matar os bichos expõe os seres humanos a riscos maiores de contrair esse mal grave, que pode matar.
Disponível em:. Acesso em: 13 mar. 2018.
Na vigilância da febre amarela, os macacos mortos são classificados como “sentinelas” da doença porque a morte desses animais
a) serve como alerta uma vez que a presença de muitos macacos mortos indica a possibilidade de aparecimento de casos de febre amarela em humanos que, após o contato com os animais silvestres, transmitiram o vírus, passando o animal a fazer parte do ciclo urbano.
b) serve de isca para mosquitos, evitando, com isso, que mais humanos sejam picados e desenvolvam a forma grave da doença, pois, no ciclo silvestre, o vírus é mais p erigoso e o risco de desenvolvimento da forma grave é maior, aumentando assim a letalidade em humanos.
c) serve como evento de alerta do risco de transmissão silvestre de febre amarela, pois, a investigação dessas mortes, pode subsidiar planos de ações em áreas afetadas com transmissão ativa ou ampliadas (áreas próximas), para efeito da intensificação da vigilância e adoção, oportuna e adequada, das medidas de prevenção e controle.
d) serve como evento de alerta do risco de transmissão urbana de febre amarela, pois, a investigação dessas mortes, pode indicar que houve transmissão de humanos para animais, de forma ativa ou ampliadas (áreas próximas) requerendo, assim, a intensificação da forma de vigilância e adoção, oportuna e adequada, das medidas de prevenção e controle.