À hegemonia do sujeito corresponde o que se
convencionou denominar em Descartes de primado da
representação . Podemos dizer, em princípio, que
representação é todo e qualquer conteúdo presente na
mente. Para uma teoria realista do conhecimento, como
era por exemplo aquela que predominava na época de
Descartes, a representação é apenas o reflexo de objetos
particulares ou então a transfiguração abstrata da
ordenação do mundo material. Nessa perspectiva, tudo
aquilo que o espírito representa já foi alguma vez objeto
da percepção, pois nada poderia estar presente na mente
sem que tivesse estado antes nos sentidos. Assim, a
questão do conhecimento consistiria em explicar o trajeto
das coisas à mente por intermédio da sensibilidade e a
transformação do particular e divisível em essência
universal e indivisível, presente no intelecto.
SILVA, F.L e. Descartes: a metafísica da modernidade . São
Paulo: Ed. Moderna, 1993.
René Descartes (1596-1650) é considerado o filósofo que
inaugura o pensamento moderno. O que caracteriza a
noção cartesiana de conhecimento é a:
✂️ a) Correção do intelecto por meio da sensibilidade; ✂️ b) Ordenação dos objetos particulares na mente; ✂️ c) Transformação do sujeito em representação; ✂️ d) Concepção de verdade como totalidade de
particulares; ✂️ e) Noção de verdade universal concebida no intelecto.