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Responda:      Mais ócio, por favor      Quando o sociólogo italiano Domenico De Masi lançou o conceito de “ócio criativo”, em seu livro homônimo de 2000, foi al...


1Q691595 | Português, Sintaxe, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar SP, VUNESP, 2019

     Mais ócio, por favor
      Quando o sociólogo italiano Domenico De Masi lançou o conceito de “ócio criativo”, em seu livro homônimo de 2000, foi alçado à condição de pensador revolucionário e à lista dos mais vendidos.
      O sucesso se deveu à explicação do espírito daquele tempo, ao apontar que tão essencial ao crescimento profissional quanto o estudo e o trabalho eram os momentos de desconexão com a labuta que abririam as portas para a criatividade e para “pensar fora da caixinha”. A intenção era alcançar uma fusão entre estudo, trabalho e lazer para aprimorar o conhecimento, vivenciar diferentes experiências e instigar a criatividade.
      Com o lançamento de “Uma Simples Revolução”, um best-seller, o sociólogo prega uma nova guinada no pensamento empresarial.
      Ao analisar as taxas de desemprego e de desocupação, para De Masi, a única saída é reduzir a carga de trabalho individual e abrir novas vagas. “Se as regras do jogo não mudarem, o desemprego – aberto ou oculto – está destinado a crescer em dimensão patológica”, escreve.
      O Brasil é um dos países que vivem essa realidade, com um desemprego de mais de 13 milhões de pessoas, segundo dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mais de 5 milhões de pessoas procuram trabalho no país há um ano ou mais, o que representa quase 40% desse total.
      A lógica do mercado não ajuda a melhorar esses números. As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, mesmo que isso signifique mais horas extras.
      Só que, de acordo com o sociólogo, quanto mais horas um indivíduo trabalha, mais ele contribui para a taxa de desocupação. “Na Alemanha, onde todos trabalham, em média, 1400 horas, o desemprego está em 3,8% e o emprego está em 79%. Já na Itália, onde um italiano trabalha em média 1800 horas, o desemprego está em 11% e o emprego está em 58%”, detalha.
      “Para eliminar o desemprego, o único remédio válido é reduzir as horas de trabalho, mantendo o salário e aumentando o número de vagas”, diz, em entrevista ao UOL.
(Lúcia Valentim Rodrigues, “Mais ócio, por favor”. https://noticias.uol.com.br. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão, a concordância nominal está plenamente atendida em:
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💬 Comentários

Confira os comentários sobre esta questão.
Rodrigo Ferreira
Por Rodrigo Ferreira em 31/12/1969 21:00:00
Gabarito: d)

Vamos analisar cada alternativa para verificar a concordância nominal, que é a harmonia entre os termos da frase, especialmente entre substantivos e seus adjetivos ou artigos.

a) "Reduzindo a carga de trabalho para 1400 horas, o Brasil estaria quites em relação aos números internacionais."
O adjetivo "quites" está incorreto, pois o correto é "quite" (no feminino ou masculino, invariável). Portanto, a concordância nominal não está correta.

b) "A situação do Brasil está meia complicada, com o desemprego de 13 milhões de pessoas."
O uso de "meia" para qualificar "complicada" está incorreto na norma-padrão. O correto seria "meio complicada", pois "meio" é advérbio que modifica adjetivo e é invariável. Logo, a concordância nominal está incorreta.

c) "No Brasil, há bastante pessoas que procuram emprego há um ano ou mais, segundo o IBGE."
O termo "bastante" quando significa 'muito' deve concordar com o substantivo, portanto o correto é "bastantes pessoas". Assim, a concordância nominal está incorreta.

d) "Os altos índices de desemprego e a falta de novas vagas criam um clima social de desalento."
Aqui, todos os termos concordam adequadamente: "altos índices", "falta de novas vagas", "clima social de desalento". A concordância nominal está correta.

e) "De acordo com Domenico De Masi, é necessário a diminuição da taxa de desocupação."
O verbo impessoal "é necessário" exige que o termo seguinte esteja no masculino singular: "o necessário" ou a construção correta seria "é necessária a diminuição...". Portanto, a concordância nominal está incorreta.

Após a análise detalhada, confirmamos que a única alternativa que atende plenamente à norma-padrão quanto à concordância nominal é a letra d).
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