R.S.V., 25 anos, sexo masculino, apresenta um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras pessoas que ocorre desde os seus 15 anos, com claras evidências de transtorno da conduta antes desse período. Ele não se ajusta às normas sociais relativas a comportamentos legais, apresenta tendência à falsidade, costuma usar de trapaça para ganho pessoal, é impulsivo, agressivo e indiferente em relação a ter maltratado ou roubado outras pessoas. Em avaliação psiquiátrica, foi diagnosticado com transtorno da personalidade antissocial. Com relação a esse transtorno, é correto afirmar, com base no DSM-5:
✂️ a) Por definição, a personalidade antissocial não pode ser diagnosticada antes dos 16 anos.
✂️ b) O transtorno da personalidade antissocial tem um curso crônico, e não apresenta remissão conforme o indivíduo envelhece.
✂️ c) Crianças que conviveram algum tempo com os pais biológicos e depois foram encaminhadas para adoção assemelham-se mais aos pais adotivos do que aos biológicos, destacando a preponderância do ambiente para o risco de desenvolvimento de um transtorno da personalidade e psicopatologia relacionada.
✂️ d) Transtorno da personalidade antissocial é mais comum entre familiares biológicos de primeiro grau daqueles que têm o transtorno, em comparação com a população em geral. O risco para familiares biológicos de homens com o transtorno tende a ser maior do que aquele para familiares biológicos de mulheres com o transtorno.
✂️ e) Taxas de prevalência de 12 meses de transtorno da personalidade antissocial, utilizando critérios de DSMs anteriores, situam-se entre 0,2 e 3,3%. A prevalência é maior em amostras afetadas por fatores socioeconômicos (i.e., pobreza) ou socioculturais (migração) adversos.