A curva de Phillips expressava simplesmente uma curva de oferta agregada positivamente inclinada. Na realidade, tradicionalmente, uma curva de oferta relaciona o nível dos preços com a quantidade a ser oferecida. Seu idealizador, Phillips, relacionava não o nível, mas a taxa de crescimento dos preços (inflação) com a taxa de desemprego (o que corresponde a um certo emprego). Segundo ele, caso a taxa de desemprego fosse mais elevada, isto indicaria um maior excesso de oferta e conseqüentemente haveria uma pressão para que a taxa de crescimento dos salários nominais fosse mais baixa. Essa taxa menor corresponderia a uma taxa de inflação menor. À medida que a taxa de inflação fosse maior, os salários reais seriam menores, e conseqüentemente, de acordo com a teoria neoclássica, as firmas teriam incentivo a contratar mais mão-de-obra. Assim, haveria o chamado trade-off entre inflação e desemprego, no sentido de que quanto maior o desemprego menor seria a taxa de inflação, e quanto menor o desemprego maior seria essa taxa. A principal crítica na formulação original de Phillips era o(a)
✂️ a) condição de que as economias capitalistas não tinham a capacidade de promover automaticamente o pleno emprego. ✂️ b) rigidez dos salários nominais que impediriam a geração de um salário real compatível com o pleno emprego. ✂️ c) desvio da racionalidade dos agentes econômicos, que desconsiderava completamente a expectativa de crescimento dos preços, ou seja, admitia-se que os agentes econômicos - no caso os trabalhadores - possuíam ilusão monetária. ✂️ d) caso em que a taxa de inflação se elevasse, e com isso, a economia apresentasse uma taxa de desemprego menor, a partir de um certo momento, os trabalhadores perceberiam que nessa economia a taxa de inflação era maior do que a esperada. ✂️ e) visão de que seria necessário reduzir os salários nominais, pois assim haveria um acréscimo na quantidade demandada de mão-de-obra e diminuição da quantidade ofertada.