Julia, 25 anos, história de transtornos alimentares na
adolescência de tipo purgativo, pessoa tímida e sensível. No
momento passando por um significativo sofrimento mental que
iniciou desde a mudança do gerente da loja que trabalha há três
anos. O novo gerente chegou há menos de seis meses.
Rapidamente mudou todas as rotinas, exigindo “metas
impossíveis” que ela não consegue corresponder. Há uns 3 meses
atrás começou a ter insônia inicial e terminal, ter ataques de
ansiedade paroxísticos e há uma semana apresenta sintomas
agorafóbicos de modo a não conseguir mais ir ao trabalho. Ainda
ganhou alguns quilos pois nesse período tem todos os dias a
noite um episódio de ingesta de alimentos de forma desenfreada
e rápida, quantidades grandes, como uma pizza gigante. Come
mesmo sem fome e não consegue ter forças para parar, só
interrompe a ingesta quando está literalmente passando mal.
Arrepende-se do que comeu provocando vômitos praticamente
todas as vezes que come desta maneira. Chora na consulta,
mostrando sinais de sofrimento mental prolongado e intenso
associado a um profundo medo de engordar mais.
Sobre esse caso e com base no DSM-5-TR, podemos considerar
que
I. Julia apresentaria sinais e sintomas compatíveis com Bulimia
Nervosa em grau moderado.
II. apresenta também um Transtorno de Ajustamento Agudo,
com distúrbios/sintomas mistos de emoções e conduta, dada
a condição alimentar.
III. apesar de relatados sintomas agorafóbicos, o diagnóstico de
agorafobia não pode ser atribuído pois esses sintomas são
explicados pelo estresse que a paciente está vivendo e não se
apresentam por tempo suficiente.
Está correto o que se afirma em
✂️ a) I e II, apenas. ✂️ b) I e III, apenas. ✂️ c) II e III, apenas. ✂️ d) I, II e III. ✂️ e) II, apenas.