Paulo, 32 anos, solteiro, vai ao psiquiatra após atendimento de urgência no pronto-socorro há 1 semana, apresentando
uma crise com muita falta de ar, palpitação, taquicardia, sudorese, dor no peito, formigamento nas mãos, sensação de
desmaio iminente e muito medo de morrer. Acreditava que estava tendo um infarto agudo do miocárdio, mas que foi
descartado com o resultado normal do eletrocardiograma e dos exames das enzimas cardíacas. Foi medicado com
clonazepam, liberado para casa e orientado a procurar ajuda psiquiátrica. Relata ser muito ansioso e preocupado com
tudo, mas que isso tem se agravado há 5 anos, devido dificuldades financeiras e problemas no ambiente familiar. Tem
sentido muita fadiga, irritabilidade, tensão muscular e, mais recentemente, há 1 ano, problemas no sono, acordando
várias vezes, ao longo da noite. Nega antecedente de tratamento psiquiátrico e psicológico.
Em relação ao caso, assinale a alternativa INCORRETA.
✂️ a) O paciente é portador de transtorno de pânico, devendo ser medicado com escitalopram 10mg/dia e clonazepam 2mg/noite e
orientado a buscar terapia cognitivo-comportamental (TCC). ✂️ b) Como houve apenas um episódio de pânico isolado, não é possível afirmar que o paciente seja portador do transtorno de
pânico. ✂️ c) Pode-se afirmar que o paciente preenche os requisitos mínimos para um diagnóstico de transtorno de ansiedade generalizada
(TAG). ✂️ d) Algumas doenças clínicas, não psiquiátricas, podem produzir uma sintomatologia semelhante a uma crise de ansiedade, sendo
sensato, também, no caso acima, a solicitação de exames laboratoriais para diagnóstico diferencial com uma possível doença
orgânica de base. ✂️ e) A terapia cognitivo-comportamental seria a abordagem de psicoterapia mais indicada.