Em 2023, a Revista Brasileira de Psiquiatria publicou as “Diretrizes do Consórcio Brasileiro de Pesquisa em
Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo”. Através de uma revisão sistemática, as diretrizes forneceram os
tratamentos farmacológicos baseados em evidências e as orientações clínicas em relação ao tratamento do transtorno
obsessivo-compulsivo (TOC) no adulto.
De acordo com tais diretrizes, levando-se em consideração o tratamento farmacológico do TOC no adulto e as devidas
estratégias nos casos refratários, qual das alternativas abaixo podemos identificar como INCORRETA?
✂️ a) O uso dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) em doses moderadas e altas durante um período de 8 a 12
semanas é apoiado por evidências científicas de alta qualidade e continua sendo o tratamento farmacológico de primeira linha. ✂️ b) Nos casos de pacientes que falharam no tratamento com ISRS em doses moderadas e altas, pode-se considerar o uso de doses
superiores às recomendadas desses mesmos agentes ou potencializá-los através da associação com clomipramina. ✂️ c) Apesar da eficácia bem estabelecida da clomipramina, conforme demonstrado em múltiplos ensaios clínicos e metanálises, ela
deve ser reservada para situações em que os ISRSs não estão disponíveis ou são ineficazes, devendo ser consideradas questões
de tolerabilidade e segurança. ✂️ d) Uma alternativa eficaz aos pacientes que não respondem adequadamente ao tratamento em monoterapia com ISRS ou
clomipramina seria a associação de baixas doses de risperidona ou aripriprazol. ✂️ e) A potencialização de ISRS com lamotrigina, memantina e N-acetilcisteína foi comprovada em alguns estudos e pode ser
considerada como uma estratégia eficaz, diferentemente dos estudos que mostraram ineficácia com amantadina, topiramato e
gabapentina