Uma paciente de 29 anos compareceu ao pronto atendimento com queixa de dor pélvica e cheiro forte ao urinar. Os
dados clínicos revelaram leve dor pélvica à palpação, afebril, normocorada, normotensa e orientada no tempo e no
espaço. Nega alergias. O médico solicitou realização de exame de urina e bacterioscopia ao Gram (Gram da gota de
urina). A paciente realizou coleta de urina no banheiro do Pronto Atendimento, sem realização de higiene íntima
recomendada e, na sequência, a amostra foi entregue ao laboratório pelo técnico da enfermagem para análise.
O exame do sedimento urinário apresentou numerosos epitélios (vaginais), raros leucócitos e numerosas bactérias.
Já o exame do Gram da Gota de urina evidenciou raros polimorfonucleares, numerosos cocobacilos Gram-negativos
e “Clue Cells ”, caracterizadas pela presença de células escamosas, recobertas por cocobacilos, apagamento das
bordas citoplasmáticas.
Diante dos dados clínico-laboratoriais descritos no enunciado, pode-se afirmar que a paciente apresenta
a) quadro sugestivo de cistite bacteriana causada por enterobactéria.
b) quadro sugestivo de infecção vaginal bacteriana por Estafilococos sp.
c) alterações clínico-laboratoriais sugestivas de vaginose por Gardinerella sp .
d) alterações clínico-laboratoriais sugestivas de uretrite gonocócica.
e) alterações laboratoriais sugestivas de infecção por Candida albicans .