De acordo com Eduardo Girotto (2024), buscar compreender o diálogo entre a geografia escolar e acadêmica é importante para
que “possamos construir elementos para uma análise crítica e propositiva dos efeitos que as políticas educacionais neoliberais
têm produzido, principalmente, sobre as geografias feitas desde a escola e a formação docente neste campo. (...) É fundamental
entendermos o lugar da geografia, como saber sistematizado, no processo de constituição da ciência moderna. Em nossa
perspectiva, tal processo não pode ser entendido descolado das grandes transformações socioespaciais, ocorridas no contexto
europeu a partir do século XVIII”.
(GIROTTO, Eduardo D. A geografia entre a escola e a universidade: diálogos e tensões. In: COSTA, C. R.; ARAUJO, M. R.; OLIVEIRA E. C. de. (Orgs.). Currículo e ensino de Geografia: métodos, conceitos e metodologias na prática de ensino. Teresina: Ed.UESPI, 2024, p. 19-35.)
A partir do excerto de Girotto e de outros conhecimentos a respeito da relação entre geografia, método, geografia escolar e
acadêmica e políticas públicas para a educação no Brasil, assinale a afirmativa correta.
✂️ a) A construção do currículo voltado ao ensino de geografia, no Brasil, é um processo essencialmente técnico, que reflete a
preocupação com a questão do conhecimento pedagógico do conteúdo. ✂️ b) A influência das políticas neoliberais para a educação, no Brasil, pode ser observada a partir da ênfase em processos e
procedimentos assentados nas concepções de eficiência, eficácia, gestão, avaliação, controle e índices. ✂️ c) A geografia acadêmica, aquela produzida nas universidades, antecede historicamente a constituição da geografia escolar,
aquela ensinada nas escolas; esse processo se articula ao estabelecimento da ciência moderna no século XV. ✂️ d) O maior desenvolvimento da geografia escolar ocorreu a partir da influência da perspectiva crítica no ensino ao longo da
década de 1960 no Brasil, com a preocupação dos professores em construir ações voltadas à formação para a cidadania.