Na prática odontológica contemporânea, a aplicação
segura e eficaz do flúor depende de uma abordagem
individualizada que considere não apenas a concentração
e a frequência de uso, mas também as características
específicas do paciente, como idade, risco de cárie,
hábitos alimentares e capacidade de controle da
deglutição. Essa abordagem integra diferentes fontes
fluoretadas – como água, dentifrícios, géis e soluções
para bochecho – e requer a adequação das doses para
maximizar a remineralização e minimizar os riscos,
como a fluorose.
Com base nesses princípios e nas evidências atuais,
assinale a alternativa que representa uma conduta
INADEQUADA no uso racional do flúor:
✂️ a) A prescrição de dentifrícios com 1.000 a 1.500 ppm para
crianças com mais de seis anos, considerando que já
possuem maior controle da deglutição e menor risco de
ingestão acidental. ✂️ b) A indicação de gel fluoretado de alta concentração para
pacientes de todas as idades, sem ajuste da dose ou
restrição quanto ao controle de deglutição em indivíduos
mais jovens. ✂️ c) A fluoretação da água em níveis ajustados à média das
temperaturas regionais, promovendo uma ingestão
balanceada que favorece a remineralização sem exceder
os limites seguros. ✂️ d) A orientação para o uso de quantidades reduzidas de
dentifrício (equivalente a um grão de arroz para crianças
menores de 4 anos), a fim de minimizar o risco de
ingestão excessiva e fluorose. ✂️ e) A recomendação de bochechos com 0,05% naf para
pacientes a partir dos seis anos, em que há controleadequado da deglutição, para complementar a prevenção
anticariogênica.