TEXTO I Projeto Mural Eletrônico desenvolvido no INT, semelhante a um totem, promete tornar o acesso à informação disponível para todos A inclusão de pessoas com deficiência se constituiu umdos principais desafios e preocupações para a sociedade ao longo das últimasdécadas. E o uso da tecnologia temse revelado um aliado fundamental em muitas iniciativas voltadas para essa área. Exemplo disso é uma das recentes criações do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) — unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Ali, com o objetivo de que as diferenças entre pessoas não sejam sinônimo de obstáculos no acesso à informação ou na comunicação, engenheiros e tecnólogos vêm trabalhando no desenvolvimento do projeto Mural Eletrônico. O Mural Eletrônico nasceu da necessidade de promover a inclusão nas escolas. Com interface multimídia e interativa, todos têm a possibilidade de acessar o Mural Eletrônico. Por meio do equipamento, podem ser disponibilizados vídeoscom Libras, leiturasonora de textos, que também estarão acessíveis em uma plataforma de brailledinâmico, ao lado do teclado. KIEFER, D. Inclusão ampla e irrestrita. Rio Pesquisa , n 36, set. 2016 (adaptado) TEXTO II Projeto Surdonews, desenvolvido na UFRJ, garante acesso de surdos à informação e contribui para sua “inclusão cientifica" Para não permitir que a falta de informação sejaum fator para o isolamento e a inacessibilidade da comunidade surda, a jornalista e pesquisadora RobertaSavedra Schiaffino criou o projeto “Surdonews : montando os quebra-cabeças das notícias para o surdo”. Trata-se de uma página no Facebook, com notícias constantemente atualizadas e apresentadas por surdos em Libras, e veiculadas por meio de vídeos. A ideia de criar o projeto surgiu quando Roberta, ela própria surda profunda, ainda cursava o mestrado. Para isso, ela procurou traçar um diagnóstico do conhecimento informal entre as pessoas com surdez. Ela entrevistou cinquenta alunos surdos do ensino fundamental e viu que eles tinham muita dificuldade de ler, além de não captar a notícia falada. “Isso é muito grave, pois 90% do saber de um indivíduo vem do conhecimento informal, adquirido em feiras científicas, conversas, cinema, teatro, incluindo a mídia, por todas as suas possibilidades disseminadoras”, explica a pesquisadora. “Prezamos pelo conteúdo cientifico em nossas pautas. Contudo, independentemente disso, nosso principal trabalho é, além de informar e atualizar, fazer com que os textos não sejam empobrecidos no processo de tradução e, sim, acessíveis”. KIFFER, D. Comunicação sem barreiras. Rio Pesquisa , n. 37 dez. 2016 (adaptado) Considerando-se o tema tecnologias e acessibilidade, ostextos I e Il aproximam-se porque apresentam projetos que
✂️ a) garantem a igualdade entre as pessoas. ✂️ b) foram criados por uma pesquisadora surda. ✂️ c) tiveram origem em um curso de pós-graduação. ✂️ d) estão circunscritos ao espaço institucional da escola. ✂️ e) têm como objetivo a disseminação do conhecimento.