Uma polêmica relacionada à covid-19 com clara
relação com a Educação Física foi a discussão sobre
a reabertura ou não das academias de ginástica em
plena pandemia. Entre os argumentos apresentados
pelos que defendiam a abertura estava o de que o
exercício teria um efeito protetor contra a covid-19,
pelo fortalecimento do sistema imunológico.
A realização dessas práticas pode ser importante para
a saúde, inclusive com foco na melhoria/manutenção
da saúde mental, mas em muitas recomendações
há mais um sentido de “ter que fazer”, com caráter
“obrigatório”. Outro ponto ignorado diz respeito ao
aconselhamento para a realização de exercícios
físicos em casa durante a pandemia, considerando
aspectos como a habilidade das pessoas para
realizarem essas atividades, suas preferências, as
condições das residências etc. Entendemos que
essas recomendações, algumas vezes de caráter
persecutório e descontextualizadas da realidade
de muitas pessoas, não favorecem um olhar mais
ampliado sobre a saúde.
LOCH, M. R. et al. A urgência da saúde coletiva na formação em Educação Física:
lições com a covid-19. Ciência & Saúde Coletiva , n. 25, 2020 (adaptado).
Segundo o texto, no contexto da pandemia, a relação
entre exercício físico e saúde deveria considerar a
✂️ a) necessidade de que as academias se mantivessem
abertas para orientação das práticas corporais. ✂️ b) recomendação de que as atividades físicas
atendessem às preferências individuais. ✂️ c) relevância de adaptar as atividades físicas à realidade
social dos sujeitos. ✂️ d) obrigatoriedade de adotar o hábito de praticar atividades
físicas em casa. ✂️ e) importância de melhorar as defesas orgânicas contra
a doença.