TEXTO I
Fazendeiro branco, escravo negro: a imagem icônica
produz a ilusão de que a escravidão moderna foi um
sistema de dominação racial. De fato, porém, foi um sistema
econômico. A escravidão acompanhou a humanidade
durante milênios. Nas mais diferentes sociedades, inclusive
na África, gente de todas as cores escravizou gente de
todas as cores. O capitalismo mercantil acelerou a produção
e o comércio de incontáveis mercadorias — e, também,
de escravos. Na sua moldura, o tráfico atlântico forneceu
africanos escravizados para as Américas.
MAGNOLI, D. Uma ilusão de cor. Disponível em: www1.folha.uol.com.br.
Acesso em: 9 nov. 2021 (adaptado).
TEXTO II
O que nasceu primeiro, a escravidão ou o racismo?
O tema é complexo, mas há consenso de que o racismo
estrutural na Afro-América é consequência da escravidão
atlântica. No Brasil, o racismo foi inscrito na própria
linguagem, que definia o comércio de escravizados como
tráfico “negreiro” e qualificava a maioria de livres não
brancos como pessoas “de cor”. Existiam como sujeitos
racializados mesmo quando conseguiam ter acesso a algum
capital econômico e simbólico para lutar contra o racismo,
até mesmo quando se tornavam senhores (ou senhoras)
de escravos.
MATTOS, H. O negacionismo como erudição. Disponível em:
www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 9 nov. 2021 (adaptado). No Texto II, o posicionamento crítico ao argumento presente
no Texto I sobre a relação entre escravidão africana e
racismo na América colonial baseia-se no seguinte aspecto:
✂️ a) Historicidade étnica. ✂️ b) Veracidade filosófica. ✂️ c) Similaridade cultural. ✂️ d) Responsabilidade ética. ✂️ e) Espacialidade patrimonial.