O senso comum é que só os seres humanos são
capazes de rir. Isso não é verdade?
Não. O riso básico — o da brincadeira, da diversão,
da expressão física do riso, do movimento da face e da
vocalização — nós compartilhamos com diversos animais.
Em ratos, já foram observadas vocalizações ultrassônicas
— que nós não somos capazes de perceber — e que
eles emitem quando estão brincando de “rolar no chão”.
Acontecendo de o cientista provocar um dano em um
local específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa
vocalização e a brincadeira vira briga séria. Sem o riso, o
outro pensa que está sendo atacado. O que nos diferencia
dos animais é que não temos apenas esse mecanismo
básico. Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o
senso de brincadeira, como nós, mas não têm senso de
humor. O córtex, a parte superficial do cérebro deles, não
é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais
que nos permitem, por exemplo, interpretar uma piada.
Disponível em: http://globonews.globo.com. Acesso em: 31 maio 2012 (adaptado).
A coesão textual é responsável por estabelecer relações
entre as partes do texto. Analisando o trecho “Acontecendo
de o cientista provocar um dano em um local específico
no cérebro”, verifica-se que ele estabelece com a oração
seguinte uma relação de
✂️ a) finalidade, porque os danos causados ao cérebro têm
por finalidade provocar a falta de vocalização dos ratos. ✂️ b) oposição, visto que o dano causado em um local
específico no cérebro é contrário à vocalização dos ratos. ✂️ c) condição, pois é preciso que se tenha lesão específica
no cérebro para que não haja vocalização dos ratos. ✂️ d) consequência, uma vez que o motivo de não haver mais
vocalização dos ratos é o dano causado no cérebro. ✂️ e) proporção, já que à medida que se lesiona o cérebro
não é mais possível que haja vocalização dos ratos.