O Movimento Negro Unificado (MNU) distingue-se do Teatro Experimental do Negro (TEN) por sua crítica ao
discurso nacional hegemônico. Isto é, enquanto o TEN
defende a plena integração simbólica dos negros na
identidade nacional “híbrida”, o MNU condena qualquer
tipo de assimilação, fazendo do combate à ideologia da
democracia racial uma das suas principais bandeiras de
luta, visto que, aos olhos desse movimento, a igualdade
formal assegurada pela lei entre negros e brancos e
a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é
racista teriam servido para sustentar, ideologicamente, a
opressão racial.
COSTA, S. Dois Atlânticos : teoria social, antirracismo, cosmopolitismo.
Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).
No texto, são comparadas duas organizações do
movimento negro brasileiro, criadas em diferentes
contextos históricos: o TEN, em 1944, e o MNU, em 1978.
Ao assumir uma postura divergente da do TEN, o
MNU pretendia
✂️ a) pressionar o governo brasileiro a decretar a
igualdade racial. ✂️ b) denunciar a permanência do racismo nas relações
sociais. ✂️ c) contestar a necessidade da igualdade entre negros
e brancos. ✂️ d) defender a assimilação do negro por meios não
democráticos. ✂️ e) divulgar a ideia da miscigenação como marca da
nacionalidade.