A realização de inúmeras tarefas por máquinas
é apresentada como garantia de um futuro no qual
ninguém mais precisaria trabalhar (transformar a
natureza), pois tudo seria produzido por tecnologias
(muito ou pouco “inteligentes”), liberando os seres
sociais do trabalho, a começar pelas tarefas rudes
ou repetitivas. A perda de trabalho que a introdução
capitalista de máquinas promove para intensificar a
extração de valor é metamorfoseada em liberação do
trabalho. A necessidade de trabalhar, porém, subsiste
entre os seres sociais da sociedade capitalista, pois,
sem vender força de trabalho, tais expropriados não
subsistem no mercado. Entre ameaça e promessa,
desaparecem as possibilidades concretas trazidas por
processos de trabalho cada dia mais socializados, como
redução das jornadas sem redução da remuneração,
por exemplo.
FONTES, V. Capitalismo em tempo de uberização: do emprego
ao trabalho. Marx e Marxismo , n. 8, 2017 (adaptado).
De acordo com o texto, o efeito da relação entre trabalho
e tecnologia sobre a realidade social é o(a)
a) ampliação laboral.
b) flexibilização judicial.
c) padronização salarial.
d) desemprego estrutural.
e) deslocamento sazonal.