Leia trecho do poema de Olavo Bilac.
Língua Portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
(Olavo Bilac, Poesias)
No poema, o eu lírico
✂️ a) define-se apaixonado pela língua portuguesa de Portugal, mas não pela do Brasil. ✂️ b) desqualifica a língua portuguesa, pois a vê como agreste
e símbolo da saudade. ✂️ c) questiona se a língua portuguesa chegará a ser bela
como outras nascidas do latim. ✂️ d) sugere que a língua portuguesa traz em si sentimentos
ruins e, por isso, não pode ser bela. ✂️ e) enaltece a língua portuguesa, por sua riqueza capaz de
expressar diferentes sentimentos.