O longa-metragem Que horas ela volta?, da cineasta Anna Muylaert, apresenta uma trama centrada nas interações familiares, no serviço doméstico e na discussão sobre direitos trabalhistas e relações de poder no âmbito privado, fazendo referências, ainda que indiretas, às relações sociais da época da escravidão no país, o que sugere a reprodução de uma determinada cultura nos vínculos entre patrão e empregado. Nesse sentido, pode-se afirmar que a legislação conhecida como “PEC das Domésticas”, sancionada em 2015, A) é um avanço que busca romper com as ambiguidades de subserviência e paternalismo que vigoram nas relações de trabalho doméstico, e cria um arcabouço legal que garante aos empregados domésticos direitos já previstos para outras categorias. B) é um retrocesso que cria uma situação de incerteza institucional, dificultando as relações paternais entre empregadores e empregados, transformando o vínculo empregatício numa simples relação contratual. C) é um atraso que dá espaço a arbitrariedades ao suprimir as relações paternais e criar um arcabouço legal que concede direitos aos empregados e obriga o empregador ao cumprimento das normas trabalhistas. D) é uma evolução que permitirá que se amplie o número de vagas para empregados domésticos, ao estabelecer regras que diminuirão o grau de incerteza na relação entre empregados e empregadores e reduzirão o custo da mão de obra. E) é inócua, ao não modificar substancialmente as relações entre empregados e empregadores, visto que os primeiros já gozavam de benefícios especiais ao serem tratados como membros das famílias que os empregavam.

A) é um avanço que busca romper com as ambiguidades de subserviência e paternalismo que vigoram nas relações de trabalho doméstico, e cria um arcabouço legal que garante aos empregados domésticos direitos já previstos para outras categorias.

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1Q948728 | Atualidades, Questões Sociais, Vestibular, CÁSPER LÍBERO, CÁSPER LÍBERO, 2017

O longa-metragem Que horas ela volta?, da cineasta Anna Muylaert, apresenta uma trama centrada nas interações familiares, no serviço doméstico e na discussão sobre direitos trabalhistas e relações de poder no âmbito privado, fazendo referências, ainda que indiretas, às relações sociais da época da escravidão no país, o que sugere a reprodução de uma determinada cultura nos vínculos entre patrão e empregado.
Nesse sentido, pode-se afirmar que a legislação conhecida como “PEC das Domésticas”, sancionada em 2015,

✂️ a) é um avanço que busca romper com as ambiguidades de subserviência e paternalismo que vigoram nas relações de trabalho doméstico, e cria um arcabouço legal que garante aos empregados domésticos direitos já previstos para outras categorias.
✂️ b) é um retrocesso que cria uma situação de incerteza institucional, dificultando as relações paternais entre empregadores e empregados, transformando o vínculo empregatício numa simples relação contratual.
✂️ c) é um atraso que dá espaço a arbitrariedades ao suprimir as relações paternais e criar um arcabouço legal que concede direitos aos empregados e obriga o empregador ao cumprimento das normas trabalhistas.
✂️ d) é uma evolução que permitirá que se amplie o número de vagas para empregados domésticos, ao estabelecer regras que diminuirão o grau de incerteza na relação entre empregados e empregadores e reduzirão o custo da mão de obra.
✂️ e) é inócua, ao não modificar substancialmente as relações entre empregados e empregadores, visto que os primeiros já gozavam de benefícios especiais ao serem tratados como membros das famílias que os empregavam.