Encravada ao lado do Morumbi, um dos bairros mais
nobres de São Paulo, na zona sul, Paraisópolis é a
segunda maior favela da capital paulista em termos
habitacionais (tem cerca de 100.000 habitantes) e certamente a mais famosa do Estado – mesmo antes de estar
diariamente na televisão dos brasileiros, com a novela
“I Love Paraisópolis” (TV Globo), em 2015. Vizinha de
mansões e prédios de luxo do Morumbi e um dos símbolos da desigualdade da cidade, sempre foi valorizada,
sobretudo, pela proximidade com áreas como a Berrini e
a Juscelino Kubitschek, onde multinacionais têm sede.
Embora especialistas não sejam unânimes em apontar
para a gentrificação da região, ouve-se pelas ruas uma
queixa frequente: ficou mais caro morar por lá. Agora,
seus moradores pretendem aproveitar o efeito novela
para reivindicar que as melhorias no bairro alcancem o
ritmo do aumento do custo de vida.
Fonte: Jornal El País, Espanha. Site: https://brasil.elpais.com/
brasil/2015/06/01/politica/1433185554_574794.html
Considerando o texto, é correto afirmar que o aprofundamento da desigualdade de condições de vida e
moradia nas cidades brasileiras na segunda metade
do século XX e no início do século XXI foi marcado
✂️ a) pela inexistência de políticas públicas para a
construção e melhoria de moradias populares. ✂️ b) por migrações inter-regionais decorrentes da
estagnação da industrialização no sudeste. ✂️ c) pelo elevado preço do solo urbano e pela precarização do trabalho formal nas grandes capitais. ✂️ d) pelas elevadas taxas de crescimento vegetativo
da população e também pela imigração recente.