Texto associado.
A questão refere-se à obra As melhores histórias de Fernando Sabino.
O texto a seguir é um excerto da crônica O caso do charuto.
E o ascensorista inflexível. Que o homem guardasse o charuto no bolso, engolisse o charuto, fizesse o que melhor lhe parecesse. Sem o quê, ele não subiria. Distraído pelos próprios argumentos, o homem, em vez de se desfazer do charuto, tirou dele uma baforada. Foi o bastante para generalizar-se a confusão. A senhora do Bronx resolveu intervir, alegando raivosamente que ela não tinha nada com aquela história e queria subir. O panamenho, como se estivesse no mundo da lua, perguntava em vão e em mau inglês em que andar era o Consulado do Panamá. O gordinho gritava que aquilo era um desaforo etc. etc. E o elevador parado. O dono do charuto levou-o novamente à boca, para ter as mãos livres e poder se explicar, provocando indignação geral. Então o gordinho, fora de si, estendeu o braço para com uma tapa derrubar o charuto, resolvendo assim a questão. Acontece, porém, que seu gesto foi mal calculado e o que ele deu foi um bofetão na cara do homem. O charuto saltou no ar largando brasa para cima do panamenho, que até então não entendia coisa nenhuma.
SABINO, Fernando. As melhores histórias de Fernando Sabino. Rio de Janeiro: BestBolso, 2010. p. 61.
Texto 3
“ALIEN INTERVIEW” (Entrevista com um
alienígena)
No momento em que o ser alienígena tinha
sido devolvido à base eu já tinha passado
várias horas com ela. Como já referi,
o Sr. Cavitt me disse para ficar com a
extraterrestre, já que eu era a única pessoa
entre nós que poderia compreendê-la e manter
comunicação telepaticamente. Eu não pude
compreender e entender a minha capacidade
de me “comunicar” telepaticamente com
o ser extraterrestre. Eu nunca antes havia
tido experiência com comunicação telepática
com alguém.
A comunicação não-verbal que eu
experimentei era como a compreensão que
se tem quando uma criança ou um cão está
tentando fazer você entender alguma coisa,
mas muito, muito mais direta e poderosa!
Mesmo que não houvesse falado “palavras”,
ou comunicação através de sinais, a intenção
dos pensamentos eram inconfundíveis para
mim. Percebi mais tarde que, apesar de eu
receber o pensamento, eu necessariamente
não interpretava o seu significado exatamente.
[...]
Disponível em:<http://www.bibliotecapleyades.net/vida_alien/alieninterview/alieninterview.htm) >. Acesso em 10 nov.
Assinale a alternativa correta a respeito
do Texto 3 e de seus elementos
linguísticos.
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