Para a população de mais baixa renda ou mesmo nenhuma
renda, morar na periferia da região metropolitana paulistana
não é uma opção, é contingência, necessidade de sobrevivência. Essa população, em geral, acaba ficando prisioneira
nesse espaço, impossibilitada de locomover-se e acessar
as possibilidades na metrópole, por falta de recursos para
circulação, associada muitas vezes à falta de capacitação
profissional. A essa população ainda é imputada a culpabilidade por todo tipo de problemas urbanos existentes no
local: ocupação irregular, violência urbana, degradação
do meio ambiente etc. Mudar essa situação pressupõe ter
acesso a localizações que concentram as possibilidades de
empregos e ou atividades informais que permitam minimamente a sobrevivência.
(Glória da Anunciação Alves. A mobilidade/imobilidade na produção
do espaço metropolitano. In: Ana Fani Alessandri Carlos; Marcelo Lopes
de Souza; Maria Encarnação Beltrão Sposito (Org.). A produção do espaço
urbano: agentes, processos, escalas e desafios. Contexto, 2011. Adaptado)
O texto expressa o conceito de
a) autossegregação socioespacial.
b) gentrificação urbana.
c) mobilidade descendente espacial.
d) mobilidade social.
e) segregação socioespacial.