A inclusão da Internet na educação e a cibercultura
O uso da Internet na escola é uma exigência da cibercultura, ou seja, do novo ambiente comunicacional e cultural que surge com a interconexão mundial de computadores em forte expansão no início do século XXI. Trata-se de um novo espaço de sociabilidade, organização, informação, conhecimento e educação.
A educação do cidadão não pode estar alheia ao novo contexto socioeconômico e tecnológico, cuja característica geral não se encontra mais na centralidade da produção fabril ou da mídia de massa, mas na informação digitalizada como nova infraestrutura básica e como novo modo de produção.
Cada vez mais, produz-se informação on-line socialmente partilhada. O número de pessoas cujo trabalho é informar on-line cresce continuamente, e cada vez mais pessoas dependem da informação on-line para trabalhar e viver. A economia baseia-se na informação on-line. Entidades financeiras, bolsas de valores, empresas nacionais e multinacionais dependem dos novos sistemas de informação on-line e progridem, ou não, à medida que os absorvem e desenvolvem. A informação on-line penetra a sociedade como uma rede capilar e, ao mesmo tempo, como infraestrutura básica. A educação on-line ganha adesão nesse contexto, oferecendo flexibilidade e interatividade, características próprias da Internet.
Se a escola não inclui a Internet na educação das novas gerações, está na contramão da história, alheia ao espírito do tempo. Por outro lado, estar on-line não significa estar incluído na cibercultura. Não basta apenas indicar um site para promover essa inclusão.
Assim, mesmo com a Internet presente na escola, a educação pode continuar sendo o que sempre foi: uma mera distribuição de conteúdos empacotados para assimilação e repetição, sem realmente incorporar as dinâmicas interativas e colaborativas da cibercultura.
Fonte: Portal Ministério da Educação. Adaptado.