Paciente, sexo masculino, 68 anos, chega no pronto-atendimento acompanhado da família por ter sido encontrado no chão “desmaiado em casa” (sic). A família nega hepatopatia conhecida. O paciente é hipertenso e diabético de longa data, negam demais comorbidades. Relatam uso esporádico de bebida alcoólica. Negam conhecimento de uso de substâncias ilícitas e tabagismo. O hepatologista de sobreaviso foi convocado ao hospital no dia seguinte para uma interconsulta pois os níveis de transaminases estavam mais de 10x o limite superior da normalidade. Sorologias e marcadores de autoimunidade negativos. Ceruloplasmina e perfil de ferro normais.
O paciente encontra-se em unidade de terapia intensiva, instável hemodinamicamente, em uso de 2 drogas vasoativas. Sobre o caso descrito acima, é incorreto afirmar que:
✂️ a) Dentre os principais diagnósticos diferenciais, está a hepatopatia isquêmica. Nesses casos, as transaminases se elevam significativamente, assim como descrito acima, e níveis de DHL também se elevam ✂️ b) Dentre os principais diagnósticos diferenciais, está a hepatopatia congestiva, que abrange o hall cardiopatias graves que acabam por comprometer o suprimento sanguíneo sistêmico. A hepatomegalia e dor no quadrante superior direito secundária ✂️ c) O aspecto em “noz-moscada” é um achado histológico típico de um dos diagnósticos diferenciais deste caso. A realização de biópsia hepática é necesária para o diagnóstico preciso. O tratamento é focado na doença cardíaca subjacente visando a melhora da funcionalidade cardíaca ✂️ d) O aumento transitório das transaminases é comum nos casos de hepatopatia isquêmica. A tendência é a normalização das enzimas após resolução do quadro, geralmente em 7 a 10 dias ✂️ e) O quadro descrito acima pode refletir a congestão do parênquima hepático induzido pelo prejuízo do fluxo venoso. A fisiopatologia se baseia no aumento da pressão da veia hepática causada pela disfunção do ventrículo direito, diminuição do fluxo sanguíneo hepático e diminuição da saturação de oxigênio arterial