Homem, 77 anos, com insuficiência cardíaca (IC) de origem
isquêmica há 12 anos, fração de ejeção do ventrículo esquerdo de
32% (eco mais recente). Em seguimento com cardiologista da
Unidade de Referência, faz uso de: enalapril 20 mg 2x/dia,
carvedilol 25 mg 2x/dia, espironolactona 25 mg/dia e furosemida
40 mg/dia.
Há 30 dias, as doses de carvedilol (50 mg/dia) e furosemida (80
mg/dia) foram temporariamente ajustadas. Na consulta atual,
mantém dispneia aos esforços moderados, com leve limitação
funcional (classe NYHA II), PA 120x80 mmHg, sem sinais de
hipotensão.
Internado duas vezes no último ano por descompensação da IC, a
última há 3 meses. Exames laboratoriais (30 dias): BNP (Peptídeo
Natriurético Tipo B) = 120 pg/mL, creatinina = 1,2 mg/dL, potássio
= 4,7 mEq/L.
Considerando o PCDT para IC com Fração de Ejeção Reduzida, a
conduta farmacológica adequada neste momento é:
✂️ a) trocar o enalapril por outro inibidor de enzima conversora de
angiotensina (iECA), pois o paciente não apresenta boa
resposta clínica com o enalapril. ✂️ b) substituir iECA por sacubitril/valsartana, uma vez que o
paciente apresenta sintomas persistentes e preenche os
critérios clínicos e laboratoriais exigidos. ✂️ c) introduzir digoxina, devido às internações prévias e sintomas
persistentes, mesmo com FEVE abaixo de 35%. ✂️ d) aumentar a dose da furosemida, pois o paciente apresenta
BNP elevado, indicando sobrecarga volêmica residual. ✂️ e) iniciar hidralazina e nitrato de isossorbida, uma vez que o
paciente apresenta classe funcional II e histórico de
descompensações, o que justifica o uso precoce desses
vasodilatadores.