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Questões de Concursos Conotação e Denotação

Resolva questões de Conotação e Denotação comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


41Q964920 | Português, Conotação e Denotação, Perfil Interno, Banco do Brasil, FGV, 2023

Analise a frase a seguir.

"Quando uma porta se fecha, outra se abre. Mas muitas vezes nós ficamos olhando tanto tempo, tristes, para a porta fechada que nem notamos que se abriu outra para nós."
Graham Bell. Com essa frase em linguagem figurada, o autor pretende
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42Q681116 | Português, Conotação e Denotação, Primeiro Semestre, SÃO CAMILO, VUNESP, 2019

Texto associado.
Leia o poema de Jorge de Lima (1895-1953) para responder à questão.

O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!

(Antologia poética: Jorge de Lima, 2014.)
No contexto do poema, o verso “Parodiar o sol e associar-se à lua” (1a estrofe) expressa,
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43Q917080 | Português, Conotação e Denotação, Assistente em Administração, UFCG, UFCG, 2025

Texto associado.

Texto para a questão.



Caso de secretária - Carlos Drummond de Andrade



Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!


Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto o lembrara. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.


Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.


Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.


– O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?


Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.


– Se o senhor quisesse, podíamos jantar juntos, insinuou ela, discretamente.


E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida – o pessoal lá em casa pouco está me ligando –, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que – reparava agora – era bem bonita.


Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário, ele principalmente. Conteve-se no prazer ansioso da espera.


– Onde você prefere ir? – perguntou, ao saírem.


– Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.


Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?


– Mas antes quero um drinque, para animar – ela retificou. Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço.


No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isto, era uma promessa de felicidade.


Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhos, em coro com a secretária, esperavam-no atacando “Parabéns para você”.


ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988.

No excerto “[...] começou a fazê-los pelo avesso, remoçando [...]”, do texto “Caso de secretária”, de Carlos Drummond de Andrade, a expressão “fazê-los pelo avesso” está sendo utilizada em qual sentido?
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44Q886143 | Português, Conotação e Denotação, Guarda Municipal, Prefeitura de Vitória ES, FGV, 2024

Na linguagem literária, é comum o emprego de expressões com sentido conotativo, isto é, uma linguagem figurada, como se observa no trecho a seguir de Dom Casmurro, de Machado de Assis: "Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos”.
Podemos dizer que há o emprego de linguagem figurada na expressão.
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45Q872276 | Português, Conotação e Denotação, Inspetor de Alunos, Prefeitura de Cabreúva SP, Avança SP, 2024

Destaque a alternativa que apresenta o sentido figurado.

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46Q915980 | Português, Conotação e Denotação, Motorista, Prefeitura de Queimadas PB, FACET Concursos, 2024

Identifique a opção que não contém uma frase denotativa:
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47Q952102 | Português, Conotação e Denotação, Eletricista, Prefeitura de Caieiras SP, Avança SP, 2025

Encontre em cada oração o advérbio e analise a categoria descrita entre parênteses. Marque a alternativa incorreta.
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48Q951431 | Português, Conotação e Denotação, Vestibular, UNIFESP, VUNESP, 2018

Texto associado.

Leia o trecho inicial do conto “A doida”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.


A doida habitava um chalé no centro do jardim maltratado. E a rua descia para o córrego, onde os meninos costumavam banhar-se. Era só aquele chalezinho, à esquerda, entre o barranco e um chão abandonado; à direita, o muro de um grande quintal. E na rua, tornada maior pelo silêncio, o burro que pastava. Rua cheia de capim, pedras soltas, num declive áspero. Onde estava o fiscal, que não mandava capiná-la?

Os três garotos desceram manhã cedo, para o banho e a pega de passarinho. Só com essa intenção. Mas era bom passar pela casa da doida e provocá-la. As mães diziam o contrário: que era horroroso, poucos pecados seriam maiores. Dos doidos devemos ter piedade, porque eles não gozam dos benefícios com que nós, os sãos, fomos aquinhoa dos. Não explicavam bem quais fossem esses benefícios, ou explicavam demais, e restava a impressão de que eram todos privilégios de gente adulta, como fazer visitas, receber cartas, entrar para irmandades. E isso não comovia ninguém. A loucura parecia antes erro do que miséria. E os três sentiam-se inclinados a lapidar1 a doida, isolada e agreste no seu jardim.

Como era mesmo a cara da doida, poucos poderiam dizê-lo. Não aparecia de frente e de corpo inteiro, como as outras pessoas, conversando na calma. Só o busto, recortado numa das janelas da frente, as mãos magras, ameaçando. Os cabelos, brancos e desgrenhados. E a boca inflamada, soltando xingamentos, pragas, numa voz rouca. Eram palavras da Bíblia misturadas a termos populares, dos quais alguns pareciam escabrosos, e todos fortíssimos na sua cólera.

Sabia-se confusamente que a doida tinha sido moça igual às outras no seu tempo remoto (contava mais de sessenta anos, e loucura e idade, juntas, lhe lavraram o corpo). Corria, com variantes, a história de que fora noiva de um fazendeiro, e o casamento uma festa estrondosa; mas na própria noite de núpcias o homem a repudiara, Deus sabe por que razão. O marido ergueu-se terrível e empurrou-a, no calor do bate-boca; ela rolou escada abaixo, foi quebrando ossos, arrebentando-se. Os dois nunca mais se veriam. Já outros contavam que o pai, não o marido, a expulsara, e esclareciam que certa manhã o velho sentira um amargo diferente no café, ele que tinha dinheiro grosso e estava custando a morrer – mas nos racontos2 antigos abusava-se de veneno. De qualquer modo, as pessoas grandes não contavam a história direito, e os meninos deformavam o conto. Repudiada por todos, ela se fechou naquele chalé do caminho do córrego, e acabou perdendo o juízo. Perdera antes todas as relações. Ninguém tinha ânimo de visitá-la. O padeiro mal jogava o pão na caixa de madeira, à entrada, e eclipsava-se. Diziam que nessa caixa uns primos generosos mandavam pôr, à noite, provisões e roupas, embora oficialmente a ruptura com a família
se mantivesse inalterável. Às vezes uma preta velha arriscava-se a entrar, com seu cachimbo e sua paciência educada no cativeiro, e lá ficava dois ou três meses, cozinhando. Por fim a doida enxotava-a. E, afinal, empregada nenhuma queria servi-la. Ir viver com a doida, pedir a bênção à doida, jantar em casa da doida, passaram a ser, na cidade, expressões de castigo e símbolos de irrisão3.

Vinte anos de uma tal existência, e a legenda está feita. Quarenta, e não há mudá-la. O sentimento de que a doida carregava uma culpa, que sua própria doidice era uma falta grave, uma coisa aberrante, instalou-se no espírito das crianças. E assim, gerações sucessivas de moleques passavam pela porta, fixavam cuidadosamente a vidraça e lascavam uma pedra. A princípio, como justa penalidade. Depois, por prazer. Finalmente, e já havia muito tempo, por hábito. Como a doida respondesse sempre furiosa, criara-se na mente infantil a ideia de um equilíbrio por compensação, que afogava o remorso.

Em vão os pais censuravam tal procedimento. Quando meninos, os pais daqueles três tinham feito o mesmo, com relação à mesma doida, ou a outras. Pessoas sensíveis l amentavam o fato, sugeriam que se desse um jeito para internar a doida. Mas como? O hospício era longe, os parentes não se interessavam. E daí – explicava-se ao forasteiro que porventura estranhasse a situação – toda cidade tem seus doidos; quase que toda família os tem. Quando se tornam ferozes, são trancados no sótão; fora disto, circulam pacificamente pelas ruas, se querem fazê-lo, ou não, se preferem ficar em casa. E doido é quem Deus quis que ficasse doido... Respeitemos sua vontade. Não há remédio para loucura; nunca nenhum doido se curou, que a cidade soubesse; e a cidade sabe bastante, ao passo que livros mentem.

(Contos de aprendiz, 2012.)

1 lapidar: apedrejar.

2 raconto: relato, narrativa.

3 irrisão: zombaria.

No trecho “Dos doidos devemos ter piedade, porque eles não gozam dos benefícios com que nós, os sãos, fomos aquinhoados” (2° parágrafo), em respeito à norma-padrão, estaria correto o uso da preposição “a” em lugar de “com” se a expressão sublinhada fosse substituída por
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49Q885997 | Português, Conotação e Denotação, Técnico Judiciário Auxiliar, TJ SC, FGV, 2024

A frase abaixo em que o termo sublinhado está obrigatoriamente empregado em sentido conotativo é:
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50Q988718 | Português, Conotação e Denotação, Técnico Segurança do Trabalho, Prefeitura de Recife PE, IBADE, 2024

Texto associado.

Escorrendo


Aos 5 anos de idade o mundo é esmagadoramente mais forte do que a gente. (Aos 30 também, mas aprendemos umas manhas que, se não anulam a desproporção, ao menos disfarçam nossa pequenez.)

A ignorância não é uma bênção, é uma condenação: compreender a origem dos nossos incômodos faz uma grande diferença. Mas como, com tão poucas palavras ao nosso dispor? Palavras são ferramentas que usamos para desmontar o mundo e remontá-lo dentro da nossa cabeça. Sem as ferramentas precisas, ficamos a espanar parafusos com pontas de facas, a destruir porcas com alicates.

Com 2 anos, meu nariz escorria sem parar na sala de aula. Eu não sabia assoar, nem sequer sabia que existia isto: assoar. Apenas enxugava o que descia na manga do uniforme, conformado, até ficar com o nariz assado.

Lembro-me bem da sensação da meia sendo comida pela galocha enquanto eu andava. A cada passo, ela ia se engorovinhando mais e mais na frente do pé, faltando no calcanhar, e eu aceitava o infortúnio como se fosse uma praga rogada pelos deuses, uma sina. Não passava pela minha cabeça trocar de meia, desistir da galocha, pedir ajuda aos adultos: a vida era assim, não havia o que fazer.

Numas férias, meu pai apareceu antes do combinado para pegar minha irmã e eu na casa dos meus avós. Durante 400 quilômetros, falou que existiam pessoas boas e pessoas más, que aconteciam coisas que a gente não conseguia entender, que mesmo as pessoas más podiam fazer coisas boas e as pessoas boas, coisas más. Já quase chegando a São Paulo, contou que nosso vizinho, de 6 anos, tinha levado um tiro. Naquela noite, enquanto as crianças da rua brincavam – mais quietas do que o habitual, sob um véu inominável –, um dos garotos disse: “Bem feito! Ele é muito chato”.

Hoje, penso que pode ter sido sua maneira de lidar com uma realidade esmagadoramente mais forte do que ele. Meu vizinho, felizmente, sobreviveu. Nossa ingenuidade é que não: ficou ali, estirada entre amendoeiras e paralelepípedos, sendo iluminada pela lâmpada intermitente de mercúrio, depois que todas as crianças voltaram para suas casas.



Fonte: Crônica de Antônio Prata. Escorrendo. Disponível em: https://novaescola.org.br/arquivo/vem-que-eu-teconto/pdf/escorrendo.pdf



Há, no texto, termos utilizados em um sentido claramente conotativo, figurado, também chamado de sentido metafórico ou simbólico. Qual termo não possui esse sentido?
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51Q865688 | Português, Conotação e Denotação, Bombeiro Hidráulico, Prefeitura de General Sampaio CE, FUNCEPE, 2024

As palavras podem ser usadas tanto no sentido denotativo, ou seja, no mesmo que está nos dicionários, quanto no sentido conotativo, ou seja, metaforizado. Indique a frase em que as palavras estão sendo usadas apenas no sentido denotativo.
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52Q950984 | Português, Conotação e Denotação, Vestibular, IFPR, FUNTEF PR, 2018

Texto associado.
Em texto publicado no New York Times, Neal Gabler, da Universidade do Sul da Califórnia, argumenta que vivemos em uma sociedade na qual ter informações tornou-se mais importante do que pensar: uma era pós-ideias(...). Seu ponto de partida é uma constatação desconcertante: vivemos em uma sociedade vazia de grandes ideias, leia-se, conceitos e teorias influentes, capazes de mudar nossa maneira de ver o mundo. (...) Não somos menos inteligentes do que nossos ancestrais. A razão para a esqualidez de nossas ideias, segundo o autor, é que vivemos em um mundo no qual ideias que não podem ser rapidamente transformadas em negócios, lucros, são relegadas às margens. Tal condição é acompanhada pelo declínio dos ideais iluministas – o primado da razão, da ciência e da lógica – e a ascensão da superstição, da fé e da ortodoxia. (...)

O autor aponta que a principal causa da debilidade das nossas ideias é o excesso de informações. Hoje, graças à internet, temos acesso facilitado a qualquer informação, de qualquer fonte, em qualquer parte do planeta. Colocamos a informação acima do conhecimento. Temos acesso a tantas informações que não temos tempo para processá-las. (...) Saber, ou possuir informação, tornou-se mais importante do que conhecer; mais importante porque tem mais valor, porque nos mantêm à tona, conectados em nossas infinitas redes de pseudorrelações.

As novas gerações estão adotando maciçamente as mídias sociais, fazendo delas sua forma primária de comunicação. Para Glaber, tais mídias fomentam hábitos mentais que são opostos àqueles necessários para gerar ideias. Elas substituem raciocínios lógicos e argumentos por fragmentos de comunicação e opiniões descompromissadas.

O mesmo fenômeno atinge as gerações mais velhas. Nas empresas, muitos executivos passam parte considerável de seu tempo captando fragmentos de notícias sobre mercados, concorrentes e clientes. (...) Vivem a colher informações e distribuí-las, sem vontade ou tempo para analisá-las. Tornam-se máquinas de captação e reprodução. À noite, em casa, repetem o comportamento nas mídias sociais. Seguem a vida dos amigos e dos amigos dos amigos; comunicam-se por uma orgia de imagens e frases curtas, signos cheios de significado e vazios de sentido. (Carta Capital, 16/10/2011)

Analise as assertivas dadas a seguir.

I) A sociedade atual não produz conhecimentos impactantes.

II) No mundo em que vivemos, a ciência tem pouco valor; predominam as ideias infundadas, e os dogmatismos.

III) Com tanta informação disponível, as novas gerações não precisam aprofundar seus conhecimentos: sabem de tudo um pouco.

IV) Os ideais iluministas são muito marcantes e a sociedade atual não consegue ultrapassá-los.

V) Na atualidade, as sociedades são regidas por interesses negociais que se traduzam em lucro.

Assinale aquelas que estão de acordo com as ideias do texto.

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53Q955943 | Português, Conotação e Denotação, Campus Caraguatatuba, UNITAU, Avança SP, 2025

Avalie os sentidos das palavras em destaque nas sentenças a seguir e assinale a alternativa que os classifica correta e respectivamente quanto à característica de próprio ou figurado.

I. Chegava do trabalho todos os dias morto de cansaço.
II. De repente teve uma luz e chegou à solução que precisava.
III. O pássaro voava cada vez mais baixo.
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54Q919131 | Português, Conotação e Denotação, Técnico de Enfermagem, Prefeitura de São Benedito CE, CETREDE, 2025

Texto associado.
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Acordou assustado. O sonho foi-se esfumando e ele viu apenas a tremura das estrelas no céu raso. O mundo estava parado. Nem uma folha mexia. O choro da criança esmoreceu e cessou. Fabiano respirou livremente. Sentia-se em casa. Era como se houvesse voltado à fazenda onde passara a meninice.

A noite avançava, e o silêncio era interrompido apenas pelo estalo seco da madeira ardendo nas brasas. Sinhá Vitória mexeu-se, inquieta, ajeitando os filhos sobre o pedaço de esteira que lhes servia de leito. O chão de terra batida, frio e áspero, contrastava com o calor do fogo que se espalhava pela pequena moradia de taipa. Lá fora, o vento levantava poeira e sussurrava entre as árvores secas do sertão.

Fabiano virou-se de lado, tentando ignorar o peso das preocupações que lhe atormentavam a mente. O gado estava magro, a seca persistia, e a incerteza dos dias seguintes o fazia resmungar baixinho. Sinhá Vitória percebeu sua inquietação, mas nada disse. O silêncio entre os dois era mais eloquente do que qualquer palavra. As dificuldades eram antigas e, de certa forma, já estavam entranhadas em suas vidas.

Fonte: Ramos, Graciliano. Vidas Secas. 1938. – Adaptado
No trecho: “O sonho foi-se esfumando e ele viu apenas a tremura das estrelas no céu raso”, o autor utiliza uma linguagem que transmite
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55Q871082 | Português, Conotação e Denotação, Merendeira, Prefeitura de Novo Mundo MT, Gama Consult, 2024

Assinale a alternativa em que há presença de denotação:
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56Q995289 | Português, Conotação e Denotação, Advogado Empresarial, IMBEL, IBFC, 2024

Texto associado.

Texto



Como as redes sociais alteram a nossa percepção de tempo (por Daniel Vila Nova)


(Texto adaptado exclusivamente para este concurso.O texto original está disponível em https://gamarevista.uol.com.br/sociedade/como-as-redessociais-alteram-a-nossa-percepcao-de-tempo/ ; 28 de Setembro de 2021 @GAMAREVISTACOMPORTAMENTOREDES SOCIAISSOCIEDADETEMPO)



Da revolução industrial à digital, o tempo sempre foi modulado pela tecnologia. Entenda como a internet está moldando nossa relação com o relógio


Do Facebook ao Instagram, do Twitter ao Tiktok, a presença dos aplicativos em nossas vidas é tamanha que vem alterando a maneira como entendemos e nos relacionamos com o tempo. Se antes as pessoas lidavam com o que estava ao alcance físico, hoje, com a possibilidade de uma rede que nos conecta instantaneamente a qualquer lugar ou informação do mundo, temos que lidar com diversos “agoras” — a conversa entre amigos no chat de celular, o e-mail do trabalho e/ou o feed da rede social, somado ao que acontece no espaço físico em que a pessoa está. (I. __________ À medida que – Na medida que) a nossa noção de tempo é (II. __________ fragmentado – fragmentada), a maneira com que percebemos e reagimos ao que ocorre ao nosso redor é (III. __________ alterado – alterada).


Para a socióloga britânica Rebecca Coleman, da Goldsmiths Universidade de Londres, as redes sociais e o mundo digital passaram a produzir “agoras” diferentes e não um único “agora” uniforme e coeso. Em suas pesquisas, ela se dedica a entender como esses diferentes presentes são moldados por meio de diversas plataformas e práticas. Rebecca indica que, com o advento do digital, passamos a lidar com ao menos três “agoras” diferentes — o agora em tempo real, o agora alongado e o agora eliminado.


O mundo digital transformou o “agora” em um elemento com limites elásticos que se alongam e contraem


Sabe-se que o agora em tempo real é exemplificado por notificações de mensagens e menções em redes sociais, como uma atividade digital que acontece de imediato e que costuma exigir uma resposta, independentemente do horário. Já o agora alongado, exemplificado por quando mexemos nas redes sociais e a atualizamos em busca de conteúdo, é uma ação constante, que nunca é finalizada. Por fim, o agora eliminado, exemplificado por quando buscamos o digital para passar o tempo, é um movimento que busca eliminar o tempo o mais rápido possível, geralmente quando estamos esperando algo acontecer no mundo físico. De acordo com a socióloga britânica, as definições por vezes se entrelaçam, mas ela entende que o mundo digital transformou o “agora” em um elemento com limites elásticos que se alongam e contraem, se expandem e condensam.


Em um período em que tudo parece acontecer ao mesmo tempo, é natural a forma com que a humanidade encara o tempo e suas alterações. “A possibilidade de ter uma comunicação instantânea e constante aliada à disponibilidade de informações demaneira veloz afetam a nossa organização e percepção de tempo”, afirma André Cravo, professor da UFABC, psicólogo e pesquisador na área de neurofisiologia e cognição.


Assim como em outras revoluções tecnológicas ao longo da história, a revolução digital alterou a maneira com que nossa sociedade lida com o conceito de tempo. Enquanto todos tentam se readaptar e entender qual é a nova estrutura temporal a ser seguida, as redes sociais parecem já ter sentido que atenção e tempo não só andam juntos, como também são extremamente lucrativos. (...)


Estratégias para sequestrar sua atenção


As ferramentas utilizadas pelas redes sociais para manter o usuário no aplicativo são das mais variadas — feed infinito, tempo limitado em que postagens ficam disponíveis, timelines não cronológicas. Nada disso é por acaso, alerta Cravo. Na timeline cronológica, você consegue saber até onde consumiu o conteúdo e em que ponto pode encerrar sua visita no aplicativo. Ao quebrar essa ordem cronológica, perde-se a noção de quanto falta para ele ser finalizado. Quando estamos vendo um streaming, é só acabar um episódio que outro começa imediatamente. Da mesma forma, quando uma série ou um filme acabam, outros começam.


A ideia, segundo o psicólogo, é criar a sensação de que aquela tarefa nunca se completa. Já em conteúdos que têm uma data de expiração, como os Stories do Instagram ou o Snapchat, há uma cobrança para que o usuário consuma aquele conteúdo o quanto antes. Aqui, o artifício é o de obrigar o usuário a prestar atenção ao tempo, fazendo com que se visite o aplicativo ao menos uma vez por dia. “Raramente é uma informação completamente imperdível, mas as redes já criam essa sensação de que estamos perdendo algo. Quando isso é potencializado com algo que pode ser perdido, é natural que isso nos afete.” De acordo com Cravo, qualquer tipo de manipulação que afete a relação temporal de alguém vai afetar também a percepção e a organização temporal.

“Como primeira porta de entrada nesse vasto mundo do significado das palavras, comecemos a observá-las sob os conceitos de ‘denotação’ e ‘conotação’. O sentido ______ é aquele dado pelo dicionário. Na ______ o sentido é referencial, próprio, usual ou literal. Já o sentido ______ é o sentido que a palavra ganha no texto por força geralmente de comparações, associações de ideias. (Bezerra, 2015, p. 132- p.133).
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente.
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57Q919958 | Português, Conotação e Denotação, Técnico em Informática, Câmara de Araraquara SP, Consulplan, 2025

Texto associado.
Prazeres mútuos

É normal, quando você vê uma criança bonita, dizer “mas que linda”, “que olhos lindos”, ou coisas no gênero. Mas esses elogios, que fazemos tão naturalmente quando se trata de uma criança ou até de um cachorrinho, dificilmente fazemos a um adulto. Isso me ocorreu quando outro dia conheci, no meio de várias pessoas, uma moça que tinha cabelos lindos. Apesar da minha admiração, fiquei calada, mas percebi minha dificuldade, que aliás não é só minha, acho que é geral. Por que eu não conseguia elogiar seus cabelos?
Fiquei remoendo meus pensamentos (e minha dificuldade), fiz um esforço (que não foi pequeno) e consegui dizer: “que cabelos lindos você tem”. Ela, que estava séria, abriu um grande sorriso, toda feliz, e sem dúvida passou a gostar um pouquinho de mim naquele minuto, mesmo que nunca mais nos vejamos.
Fiquei pensando: é preciso se exercitar e dizer coisas boas às pessoas, homens e mulheres, quando elas existem. Não sei a quem faz mais bem, se a quem ouve ou a quem diz; mas por que, por que, essa dificuldade? Será falta de generosidade? Inveja? Inibição? Há quanto tempo ninguém diz que você está linda ou que tem olhos lindos, como ouvia quando criança? Nem mesmo quando um homem está paquerando uma mulher ele costuma fazer um elogio, só alguns, mais tarde, num momento de intimidade e quando é uma bobagem, como “você tem um pezinho lindo”. Mas sentar numa mesa para jantar pela primeira vez, só os dois, e dizer, com naturalidade, “que olhos lindos você tem”, é difícil de acontecer.
Notar alguma coisa de errado é fácil; não se diz a ninguém que ele tem o nariz torto, mas, se for alguém que estiver em outra mesa, o comentário é espontâneo e inevitável.
Podemos ouvir que a alça do sutiã está aparecendo ou que o rímel escorreu, mas há quanto tempo você não ouve de um homem que tem braços lindos? A não ser que você seja modelo ou miss – e aí é uma obrigação elogiar todas as partes do seu corpo –, os homens não elogiam mais as mulheres, aliás, ninguém elogia ninguém.
E é tão bom receber um elogio; o da amiga que diz que você está um arraso já é ótimo, mas, de uma pessoa que você acabou de conhecer e que talvez não veja nunca mais, aquele elogio espontâneo e sincero, é das melhores coisas da vida.
Fique atenta; quando chegar a um lugar e conhecer pessoas novas, alguma coisa de alguma delas vai chamar a sua atenção e sua tendência será, como sempre, ficar calada. Pois não fique. Faça um pequeno esforço e diga alguma coisa que você notou e gostou; o quanto a achou simpática, como parece tranquila, como seu anel é lindo, qualquer coisa.
Todas as pessoas do mundo têm alguma coisa de bom e bonito, nem que seja a expressão do olhar, e ouvir isso, sobretudo de alguém que nunca se viu, é sempre muito bom.
Existe gente que faz disso uma profissão, e passa a vida elogiando os outros, mas não é delas que estamos falando.
Só vale se for de verdade, e se você começar a se exercitar nesse jogo e, com sinceridade, elogiar o que merece ser elogiado, irá espalhando alegrias e prazeres por onde passar, que fatalmente reverterão para você mesma, porque a vida costuma ser assim.
Apesar de a vida ter me mostrado que nem sempre é assim, continuo acreditando no que aprendi na infância, e isso me faz muito bem.

(Danuza Leão. Folha de S. Paulo. Cotidiano. Em: novembro de 2005.)
O sentido literal é o significado exato de uma palavra ou expressão, que pode ser compreendido sem contexto. Segundo Costa Val, […] “pode-se definir texto, hoje, como qualquer produção linguística, falada ou escrita, de qualquer tamanho, que possa fazer sentido numa situação de comunicação humana, isto é, numa situação de interlocução”. Sendo assim, assinale a opção em que se indica uma passagem do texto que NÃO pode ser entendida de modo literal.
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58Q919133 | Português, Conotação e Denotação, Técnico de Enfermagem, Prefeitura de São Benedito CE, CETREDE, 2025

Texto associado.
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Acordou assustado. O sonho foi-se esfumando e ele viu apenas a tremura das estrelas no céu raso. O mundo estava parado. Nem uma folha mexia. O choro da criança esmoreceu e cessou. Fabiano respirou livremente. Sentia-se em casa. Era como se houvesse voltado à fazenda onde passara a meninice.

A noite avançava, e o silêncio era interrompido apenas pelo estalo seco da madeira ardendo nas brasas. Sinhá Vitória mexeu-se, inquieta, ajeitando os filhos sobre o pedaço de esteira que lhes servia de leito. O chão de terra batida, frio e áspero, contrastava com o calor do fogo que se espalhava pela pequena moradia de taipa. Lá fora, o vento levantava poeira e sussurrava entre as árvores secas do sertão.

Fabiano virou-se de lado, tentando ignorar o peso das preocupações que lhe atormentavam a mente. O gado estava magro, a seca persistia, e a incerteza dos dias seguintes o fazia resmungar baixinho. Sinhá Vitória percebeu sua inquietação, mas nada disse. O silêncio entre os dois era mais eloquente do que qualquer palavra. As dificuldades eram antigas e, de certa forma, já estavam entranhadas em suas vidas.

Fonte: Ramos, Graciliano. Vidas Secas. 1938. – Adaptado
No trecho: “O silêncio entre os dois era mais eloquente do que qualquer palavra.”, a expressão destacada transmite a ideia de que
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59Q912806 | Português, Conotação e Denotação, Ajudante de Serviços Gerais, DAESanta Bárbara d’Oeste, Avança SP, 2023

De acordo com as regras gramaticais da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que apresenta corretamente o sentido figurado da palavra "queimar".
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60Q917996 | Português, Conotação e Denotação, Subsede, CRP 3ª Região BA, Consulplan, 2025

Texto associado.

Negócio de ocasião


Quando mandou colocar mármore no chão de seu apartamento, o vizinho de baixo veio reclamar: oito horas da manhã os operários começavam a quebrar mármore mesmo em cima de sua cabeça. Durma-se com um barulho desses!

– Está bem – concordou ele, acalmando o vizinho: – Vou mandar começar mais tarde.

Mandou que os operários só começassem a trabalhar a partir das nove horas. Dois dias depois tornava o vizinho:

– Assim não é possível. Já reclamei, o senhor prometeu, e o barulho continua!

– Mas é só por uns dias – argumentou ele: – o senhor vai ter paciência...

E mandou que os trabalhos só se iniciassem a partir das dez horas. Com isso, pensava haver contentado o vizinho. Para surpresa sua, todavia, o homem voltou ainda para protestar, e desta vez furibundo, armado de revólver:

– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.

Olhou espantado para a arma e, cordato, convidou-o a entrar:

– Não precisa se exaltar, que diabo. Vamos resolver a coisa como gente civilizada. Eu disse que era só por uns dias... Se o senhor quiser que eu pare, eu paro. Cuidado com esse negócio, costuma disparar. Qual é o calibre?

– Trinta e dois.

– Prefiro trinta e oito. Mas esse parece ser muito bom... Que marca?

Smith-Wesson.

– Ah! Então deve ser muito bom. Cabo de madrepérola... Quanto o senhor pagou por ele?

– Cinco mil cruzeiros.

– Não foi caro. Sempre tive vontade de ter um revólver desses. Quem sabe o senhor me venderia?

– Não vim aqui para vender revólver – explodiu o outro – mas para te avisar que esse barulho...

– Não haverá mais barulho, esteja tranquilo. Agora, quanto ao revólver... Quer vender?

– O senhor está brincando...

Não estou não: pela vida de minha mãezinha. Quer saber de uma coisa? Dou dez mil por ele. Sempre tive vontade... Vamos, aceite! Dez mil, pago na hora.

O homem começou a titubear. Olhou o revólver, pensativo: dez mil era um bom preço. Já pensava mesmo em vendê-lo... Olhou o dono da casa, tornou a olhar o revólver:

– Toma, é seu – decidiu-se.

Antes de entrar na posse da arma, o comprador foi lá dentro, trouxe dez abobrinhas e estendeu-as ao vizinho. Depois, empurrou o revólver e chegou-lhe aos peitos:

– Bem, agora ponha-se daqui pra fora. E fique sabendo que eu faço o barulho que quiser e quando quiser, entendeu? Venha aqui outra vez reclamar e vai ver quem é que acaba fazendo um estrago louco.


(Fernando Sabino. A mulher do vizinho. 2ª ed. RJ, Ed do Autor, 1962 p. 186.)

O uso das palavras em um contexto comunicativo pode criar diferentes relações de sentido entre elas. Em “– Ou o senhor para com esse barulho ou faço um estrago louco.” (7º§), os termos destacados denotam ideia de:
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