Quando se convive com o cotidiano de diferentes escolas, chama a atenção como são homogêneos os rituais, os símbolos, a organização do espaço e do tempo, as comemorações cívicas, as festas, as expressões corporais, etc. Mudam as culturas sociais de referência, mas a cultura escolar parece gozar de uma capacidade de se autoconstruir independentemente e sem interagir com estes universos. É possível detectar um "congelamento" da cultura da escola que, na maioria dos casos, a torna "estranha" aos seus habitantes.
De acordo com as constatações acima, exige-se, hoje, uma organização curricular que
✂️ a) questione os conhecimentos homogeneizadores e que valorize a pluralidade cultural como possibilidade de superar estereótipos, preconceitos e a hierarquização cultural. ✂️ b) possibilite uniformização na organização dos conteúdos buscando um equilíbrio entre os processos de homogeneização e de diversidade cultural. ✂️ c) conteste as relações de poder existente entre os vários conteúdos, privilegiando os conhecimentos elaborados e referendados pela Academia. ✂️ d) valorize os conteúdos escolares entendidos como objetos estáveis e universais. ✂️ e) selecione os conteúdos escolares a partir do nível de conhecimentos dos alunos, reconhecendo que a busca de homogeneização intelectual garante a qualidade de ensino.