Questões de Concursos Desigualdades de raça

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41Q943584 | Sociologia, Desigualdades de raça, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2021

De acordo com matérias exibidas em sites jornalísticos como o OXFAM Brasil em 2020 e o Alma Preta em 2021, as mulheres negras e pobres pagam mais impostos proporcionalmente no país. Essas mulheres, conforme as citadas reportagens, estão na base da pirâmide social na nossa sociedade e o sistema tributário brasileiro é muito regressivo, o que faz com que elas acabem pagando mais tributos do que homens e mulheres brancas de outras classes sociais, por exemplo. Isto ocorre porque a tributação de impostos no Brasil recai mais sobre o consumo do que sobre renda e patrimônio e, assim, as mulheres negras que figuram entre as pessoas mais pobres do país sentem a mordida do leão direto na hora de consumir. Em síntese, mais propriamente, são as mulheres negras, de baixa renda, mães e chefes de família as mais afetadas com essa tributação no consumo uma vez que os aumentos nos preços dos itens da cesta básica afetam mais quem ganha menos.

Considerando o enunciado acima, avalie as seguintes proposições:

I. O fato de as mulheres negras e pobres pagarem mais impostos proporcionais no Brasil envolve questões de gênero, raça e classe social em conjunto.

II. As mulheres brancas podem pagar, da mesma forma, mais impostos proporcionais, mas não são consideradas pelo vitimismo progressista.

III. A estrutura social brasileira e a política de tributação explicam essa incidência tributária sobre as mulheres negras, pelo fato de estas mulheres serem maioria entre os mais pobres.

IV. O fato de uma tributação no consumo incidir sobre pessoas negras e mais pobres demonstra a falta de cuidado dessas pessoas com a educação financeira.

É correto o que se afirma em

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42Q944249 | Sociologia, Desigualdades de raça, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2022

Para as ciências sociais, hoje, de modo geral, o que se chama de heteronormatividade está fundamentado por práticas e discursos ainda hegemônicos na sociedade brasileira quanto às questões ligadas à sexualidade. A normatividade heterossexual traz a lógica do binarismo dos corpos: homem-mulher, e tudo que é diferente disso é considerado “anormal”, “não natural”, “pecaminoso”. Essa normatividade ao tratar, por exemplo, como “anormais” todos os grupos de pessoas que, por vezes, não se enquadrem ou se identifiquem nessa sexualidade binária hegemônica gera, por vezes, preconceitos, exclusões e repressões.
Considerando o exposto, conclui-se que, atualmente,
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43Q938074 | Sociologia, Desigualdades de raça, Primeiro e Segundo Dia 2ª Aplicação, ENEM, INEP

O Movimento Negro Unificado (MNU) distingue-se do Teatro Experimental do Negro (TEN) por sua crítica ao discurso nacional hegemônico. Isto é, enquanto o TEN defende a plena integração simbólica dos negros na identidade nacional “híbrida”, o MNU condena qualquer tipo de assimilação, fazendo do combate à ideologia da democracia racial uma das suas principais bandeiras de luta, visto que, aos olhos desse movimento, a igualdade formal assegurada pela lei entre negros e brancos e a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é racista teriam servido para sustentar, ideologicamente, a opressão racial.

COSTA, S. Dois Atlânticos: teoria social, antirracismo, cosmopolitismo. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).

No texto, são comparadas duas organizações do movimento negro brasileiro, criadas em diferentes contextos históricos: o TEN, em 1944, e o MNU, em 1978. Ao assumir uma postura divergente da do TEN, o MNU pretendia

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44Q938062 | Sociologia, Desigualdades de raça, Primeiro e Segundo Dia 2ª Aplicação, ENEM, INEP

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9.394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e parao Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

Brasilia:Ministério da Educação, 2005.

A alteração legal no Brasil contemporâneo descrita no texto é resultado do processo de

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45Q943581 | Sociologia, Desigualdades de raça, Filosofia e Sociologia, UECE, UECE CEV, 2021

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE) foram registrados 112 assassinatos de pessoas entre 0 a 18 anos de idade nos três primeiros meses de 2021. As mortes provocadas pela Covid-19 praticamente no mesmo período (de janeiro a abril de 2021) no Ceará, para a mesma faixa etária, foi de 42 pessoas. Este dado demonstra que a violência tem ceifado mais vidas de crianças e jovens no Ceará do que a pandemia com que ainda nos defrontamos. E conforme o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (CEDECA-CE), a maior parte dessas pessoas eram moradoras de territórios de vulnerabilidade social.

Partindo de uma perspectiva sociológica geral, avalie as seguintes proposições que versam sobre as causas desse trágico fenômeno social, e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.

( ) A vida de crianças e adolescentes em contextos de confrontos de territórios deflagrados por coletivos criminosos como as facções explicam, em parte, esse elevado número de mortes.

( ) A violência sobre essa faixa etária pode ser verificada, principalmente, pelo avanço no desvio de caráter generalizado que atinge todos que vivem em áreas com maior falta de moralização.

( ) O acesso precário à rede de seguridade social e a falta de políticas específicas para o enfrentamento de homicídios de crianças e adolescentes periféricos são fatores que explicam essa estatística.

( ) O fator preponderante para combater tal questão social é o reforço em armamentos adequados para as forças de segurança pública, que devem ser melhor equipadas nas periferias.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

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46Q936417 | Sociologia, Desigualdades de raça, Edital 2020, ENEM, INEP, 2021

Em escala, o negro é o negro retinto, o mulato já é o pardo e como tal meio branco, e se a pele é um pouco mais clara, já passa a incorporar a comunidade branca. A forma desse racismo no Brasil decorre de uma situação em que a mestiçagem não é punida, mas louvada. Com efeito, as uniões inter-raciais, aqui, nunca foram tidas como crime ou pecado. Nós surgimos, efetivamente, do cruzamento de uns poucos brancos com multidões de mulheres índias e negras.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2004 (adaptado).
Considerando o argumento apresentado, a discriminação racial no Brasil tem como origem
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47Q937725 | Sociologia, Desigualdades de raça, Primeiro e Segundo Dia, ENEM, INEP

Parecer CNE/CP n° 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial — descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos — para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www.semesp.org.br. Acesso em: 21 nov. 2013 (adaptado).


A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma política pública e associa o princípio da inclusão social a
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48Q943165 | Sociologia, Desigualdades de raça, Segunda Fase, UECE, UECE CEV, 2021

Leia atentamente a seguinte matéria jornalística:

“Mulheres ganham 19% menos que homens – no topo a diferença é de mais de 30%


A presença das mulheres no mercado de trabalho no Brasil passou por mudanças substanciais nos últimos 50 anos. A participação delas entre os trabalhadores do país mais que dobrou. Os salários, embora ainda longe dos recebidos pelos homens nas mesmas profissões, também reduziram bastante a distância. Esse efeito, porém, não aparece com a mesma intensidade dentro das profissões mais bem remuneradas, como engenharia, medicina ou advocacia. Nelas, a presença feminina também disparou e, entre médicos e dentistas, por exemplo, as mulheres já são mais de 70%. A diferença salarial nos grupos do topo, porém, mudou bem pouco de 1970 para cá, e as mulheres ainda seguem ganhando cerca de 30% menos que os colegas homens nas mesmas profissões.


[...]. São estas as principais conclusões apontadas por um estudo feito pela economista Laísa Rachter (Ibre/FGV) que comparou a presença de mulheres e os salários médios praticados no mercado de trabalho de todo o país desde 1970, com base nos dados do censo, entre 1970 e 2010, e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), para 2020. ‘A maternidade, os filhos e os afazeres domésticos ainda pesam mais sobre as mulheres, e demandam mais flexibilidade. A cultura organizacional ainda promove os profissionais baseada em critérios masculinos, como estar totalmente disponível ao trabalho ou trabalhar várias horas’, disse a pesquisadora da FGV”.

Juliana Elias, CNN Brasil Business, São Paulo, 02 de abril de 2021. Texto adaptado


Partindo das informações na matéria acima, avalie as seguintes proposições:


I. Depois de 50 anos, as mulheres ainda não possuem as mesmas condições de trabalho e ganho salarial que os homens.

II. A igualdade de condições de trabalho e de salários entre homens e mulheres hoje são conquistas próprias do mundo empresarial.

III. As profissionais liberais, nesse período, são as que mais conquistaram paridade salarial e igualdade diante dos colegas homens.

IV. A cultura das organizações, de modo geral, persiste valorizando colaboradores que não tenham maiores obrigações familiares.

É correto somente o que se afirma em

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49Q679119 | Sociologia, Desigualdades de raça, Ciências Humanas e Ciências da Natureza, UFT, COPESE UFT, 2019

A concepção de democracia racial no Brasil acaba por ocultar as discriminações sofridas diariamente pelos(as) negros(as) e indígenas, pois imaginamos uma sociedade em que brancos(as), negros(as) e indígenas convivem harmoniosamente e não há discriminação étnico-racial.
Assinale a alternativa CORRETA.
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50Q950360 | Sociologia, Desigualdades de raça, Segundo Semestre, UNESP, VUNESP, 2018

No Brasil, para uma população 54% negra (incluídos os pardos), apenas 14% dos juízes e 2% dos procuradores e promotores públicos são negros. Juízes devem ser imparciais em relação a cor, credo, gênero, e os mais sensíveis desenvolvem empatia que lhes permite colocar-se no lugar dos mais desfavorecidos socialmente. Nos Estados Unidos, várias ONGs dedicam-se a defender réus já condenados. Como resultado do trabalho de apenas uma delas, 353 presos foram inocentados em novos julgamentos desde 1989. Desses, 219 eram negros. No Brasil, é uma incógnita o avanço social que seria obtido por uma justiça cega à cor.

(Mylene Pereira Ramos. “A justiça tem cor?”. Veja, 24.01.2018. Adaptado.)

Sobre o funcionamento da justiça, pode-se afirmar que

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51Q938898 | Sociologia, Desigualdades de raça, PPL, ENEM, INEP

Seria até engraçado, se não fosse trágico, porque na hora que a pessoa tem uma doença, ela fica se achando responsável por ter a doença. E se você pegar na história da medicina, sempre foi feito isso — os que tinham lepra eram considerados ímpios; tinham lepra porque não eram tementes a Deus, porque não eram homens e mulheres que tinham uma vida religiosa. Os tuberculosos, no início do século, na epidemia de tuberculose na Europa inteira, aqui em São Paulo, no Brasil todo, eram pessoas devassas, jovens devassos. Com a Aids nós vimos a mesma coisa. Quem tinha Aids, quem eram? Eram os promíscuos e os viciados em drogas, não é?

Entrevista de Dráuzio Varella no programa Roda Viva em 30 ago. 2004. Disponível em: www.rodaviva.fapesp.br. Acesso em: 30 jan. 2012 (adaptado).

Dráuzio Varella discute a associação entre doença e costumes cotidianos. De acordo com o argumento apresentado, essa associação indica

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52Q939162 | Sociologia, Desigualdades de raça, PPL, ENEM, INEP

A primeira instituição de ensino brasileira que inclui disciplinas voltadas ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) abriu inscrições na semana passada. A grade curricular é inspirada em similares dos Estados Unidos da América e da Europa. Ela atenderá jovens com aulas de expressão artística, dança e criação de fanzines. É aberta a todo o público estudantil e tem como principal objetivo impedir a evasão escolar de grupos socialmente discriminados.
Época, 11jan. 2010 (adaptado).
O texto trata de uma política pública de ação afirmativa voltada ao público LGBT. Com a criação de uma instituição de ensino para atender esse público, pretende-se
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53Q937718 | Sociologia, Desigualdades de raça, Primeiro e Segundo Dia, ENEM, INEP

Estatuto da Frente Negra Brasileira (FNB)

Art. 1° - Fica fundada nesta cidade de São Paulo, para se irradiar por todo o Brasil, a Frente Negra Brasileira, união política e social da Gente Negra Nacional, para a afirmação dos direitos históricos da mesma, em virtude da sua atividade material e moral no passado e para reivindicação de seus direitos sociais e políticos, atuais, na Comunhão Brasileira.

Diário Oficial do Estado de São Paulo, 4 nov. 1931.

Quando foi fechada pela ditadura do Estado Novo, em 1937, a FNB caracterizava-se como uma organização
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54Q936160 | Sociologia, Desigualdades de raça, Edital 2020, ENEM, INEP, 2020

Nas últimas décadas, uma acentuada feminização no mundo do trabalho vem ocorrendo. Se a participação masculina pouco cresceu no período pós-1970, a intensificação da inserção das mulheres foi o traço marcante. Entretanto, essa presença feminina se dá mais no espaço dos empregos precários, onde a exploração, em grande medida, se encontra mais acentuada.

NOGUEIRA, C. W. As trabalhadoras do telemarketing: uma nova divisão sexual do trabalho?

In ANTUNES, R, et al.Infoproletários degradação real do trabalho virtual.

São Paulo. Bomtempo, 2009.


A transformação descrita no texto tem sido insuficiente para o estabelecimento de uma condição de igualdade de oportunidade em virtude da(s)

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