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Questões de Concursos Figuras de Linguagem

Resolva questões de Figuras de Linguagem comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


91Q1003808 | Português, Figuras de Linguagem, Operador de Máquinas Pesadas, Prodesan SP, IBAM, 2025

Texto associado.
Troque o celular por uma galinha gorda


O inventor do telefone, Alexander Graham Bell, talvez se arrependa de sua criação, assim como Santos Dumont ao ver aviões na guerra. Hoje em dia, o celular está sempre presente, colado aos ouvidos de todos. Dona Maria do Socorro, sertaneja e mãe do autor, reflete sobre sua vida sem telefone: conheceu o marido, casou, teve filhos e cuidou de tudo sem um único telefonema.

Ela, que só usou telefone após os 50 anos, está indignada com parentes e amigos que vivem presos ao celular, comparando-os a frei Damião com cabeças inclinadas. Propõe que voltem a conversar nas calçadas, sem esses aparelhos.

Antes, a maior ansiedade de dona Socorro era esperar pelo carteiro. Sem o telefone, o dia seguinte era mais tranquilo. Antigamente, tudo dependia do encontro pessoal. A onipresença do celular em relações amorosas e comerciais não existia. Uma carta ou um recado pelo rádio bastava para casos de sumiços.

No passado, o amor e os negócios não dependiam da onipresença digital. Casanova amou centenas de mulheres sem telefonemas e muitos prosperaram nos negócios sem telefone. Para boas conversas, a recomendação de Jeca Tatu: mate uma galinha gorda e convide para comer.


Xico Sá - Texto Adaptado


https://www.casadacultura.org/Literatura/Temas_Debates/modernid/Tro que_celular_poruma_galinha_gorda.html
Na narrativa, a recomendação de Jeca Tatu de "matar uma galinha gorda e convidar para comer" serve como uma metáfora para qual aspecto das relações sociais?
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93Q948232 | Português, Figuras de Linguagem, Letras Libras, UFS, INEP, 2018

Texto associado.

TEXTO III


Desfiles do Carnaval do Rio para deficientes auditivos

Em 13 de Fevereiro de 2018, às 13h42min


Aulio Nobrega não escuta nada quando centenas de músicos começam a batucar no Sambódromo do Rio de Janeiro, ou quando os milhares de foliões cantam, nem quando o público grita. Mas ele pode sentir - literalmente - sua vibração. O brasileiro de 40 anos trabalha para a TV INES, canal destinado a deficientes auditivos, onde jornalistas reportam em LIBRAS, a língua brasileira de sinais. "As vibrações são reais, consigo senti-las", explica Nobrega, que cobriu os barulhentos desfiles desta segunda-feira. (...)


"Não escuto nada da música, realmente nada, mas sinto as vibrações. É como se fosse uma força que sinto na minha pele", disse à AFP em LIBRAS, traduzido por uma das intérpretes da TV INES.


O Brasil tem um longo caminho para garantir a inclusão adequada aos deficientes auditivos, garante Daniela Abreu, intérprete da TV INES, que pode ouvir, mas aprendeu LIBRAS com seus pais, que são surdos. (...) QUESTÃO 04 QUESTÃO 05 A TV INES entrou no ar há cinco anos, tentando atender a este público marginalizado. Seus vídeos costumam ser vistos por entre 10 mil e 13 mil pessoas, com uma audiência crescente entre os 10 milhões de deficientes auditivos no Brasil. Neste ano, eles fizeram pela primeira vez a cobertura do famoso desfile do Sambódromo. "É importante para a sociedade entender que existe essa diversidade", disse Nobrega.


(FONTE:<https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2018/02/13/interna_internacional,937495/desfilesdo-carnaval-do-rio-para-deficientes-auditivos.shtml> Acesso em 16 Jul. 2018, às 11h36min)

Identifique quais elementos do texto NÃO possuem relação de continuidade com os pronomes destacados nos seguintes enunciados:

I – “Mas ele pode sentir - literalmente - sua vibração.”

II – “Neste ano, eles fizeram pela primeira vez a cobertura...”

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94Q946090 | Português, Figuras de Linguagem, Primeiro Semestre, FATEC, FATEC, 2018

Texto associado.
Leia o texto para responder à questão.

Temple Grandin empacou diante da porteira. Alguns parafusos cravados na madeira lhe saltaram aos olhos. “Tem que limar a cabeça desses parafusos, se não o gado pode se machucar”, aconselhou à dona da fazenda, Carmen Perez, que ao lembrar a cena comentou: “Sempre passo no curral antes do manejo, observo tudo, dizem que tenho olho biônico, e ela notou uma coisa que eu não tinha visto.”.

Grandin tem um parafuso a mais quando se trata do bem-estar dos bichos. Professora de ciência animal, ela é autista e dona de uma hipersensibilidade visual e auditiva. Tocada pelas angústias do gado desde a juventude, ela compreendia por que a rês recuava na hora da vacinação, por que atacava um vaqueiro, por que tropeçava, por que mugia. Grandin traduziu esse entendimento em projetos que propunham mudanças no manejo. Hoje, instalações criadas por ela são familiares a quase metade dos bovinos nos Estados Unidos. O Brasil, com seus quase 172 milhões de cabeças de gado, segundo o Censo Agropecuário de 2017, vem aos poucos fazendo ajustes alinhados com as propostas da americana.

Em julho passado, Grandin, hoje com 71 anos, veio ao Brasil pela sexta vez. Na fazenda Orvalho das Flores, localizada em Barra do Garças (MT), ela testemunhou como a equipe de Perez conduz suas 2 980 cabeças de Nelore, raça predominante no país. Os vaqueiros massageiam os bezerros, não gritam com os bois, tampouco deixam capas de chuva, correntes ou chapéus no caminho dos animais.

A engenheira agrônoma Maria Lucia Pereira Lima foi aluna de pós-doutorado de Grandin na Universidade do Estado do Colorado, em Fort Collins, em 2013. Viajara aos Estados Unidos para aprender como medir o bem-estar dos bovinos e se inteirar de inovações que pudessem ser implantadas em currais brasileiros. Uma delas, por exemplo, tranquiliza o animal conduzido à vacinação: o gado em geral se via obrigado a passar espremido por espaços afunilados. Grandin projetou um acesso em curva, sem cantos, que dá à rês a ilusão de que voltará ao ponto de partida. Outra: uma lâmpada acesa na entrada do tronco de contenção – o equipamento que permite o manejo individual do boi – a indicar o trajeto reduziu em até 90% o uso de choque elétrico durante o processo.

[...]

No auditório da universidade, outros pesquisadores se revezavam no palco discutindo aspectos econômicos e sociais relacionados ao bem-estar animal. O tempo de manejo cai pela metade nos estabelecimentos agropecuários que seguem os manuais de Grandin. De ovos transportados com cuidado nascem pintinhos sadios. Sem falar na melhor qualidade de vida de quem lida com esses bichos. Vaqueiros bem treinados sofrem menos acidentes no trabalho e desenvolvem uma relação mais harmoniosa nos casamentos. “A melhoria do bem-estar animal melhora o bem-estar humano”, afirmou o zootecnista Mateus Paranhos da Costa, da Universidade Estadual Paulista.

Monica Manin <https://tinyurl.com/y8xeoqul>Acesso em: 12.10.2018. Adaptado.
Assinale a alternativa em que a paráfrase corresponda ao sentido do período original apresentado, mantendo as mesmas relações sintático-semânticas.
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95Q948235 | Português, Figuras de Linguagem, Letras Libras, UFS, INEP, 2018

Texto associado.
TEXTO VII


O Som das Mãos

as mãos cantam
em um silêncio
harmonioso
música em gestos
(instrumentos inaudíveis)
sonhos infantis
espadas cortando o ar
em dança de metais
pureza ímpar
delicadeza sonora
nos atos da imaginação
[...]
as mãos, que falam, silenciosas
cantam
uma canção de amor
como uma luz da escuridão.

Inaldo Tenório Cavalcanti

(FONTE: <http://www.recantodasletras.com.br/poesiasbucolicas/3363904> Acesso em 13 Jul. 2017, às 11:00h)
Qual característica fundamental pode ser interpretada no texto acima?
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96Q945738 | Português, Figuras de Linguagem, Segundo Exame, UERJ, UERJ, 2019

JOANA:

(...)

Seu povo é que é urgente, força cega,

coração aos pulos, ele carrega

um vulcão amarrado pelo umbigo

Ele então não tem tempo, nem amigo,

nem futuro, que uma simples piada

pode dar em risada ou punhalada

Como a mesma garrafa de cachaça

acaba em carnaval ou desgraça

(...)

Na caracterização do povo brasileiro feita por Joana no trecho acima, observa-se uma sequência da seguinte figura de linguagem:

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97Q947904 | Português, Figuras de Linguagem, Primeira Fase OAB, EBMSP, EBMSP, 2018

A análise dos aspectos coesivos do texto está correta em
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98Q951047 | Português, Figuras de Linguagem, Vestibular, UNICAMP, COMVEST UNICAMP, 2018

“Um cego me levou ao pior de mim mesma, pensou espantada. Sentia-se banida porque nenhum pobre beberia água nas suas mãos ardentes. Ah! era mais fácil ser um santo que uma pessoa! Por Deus, pois não fora verdadeira a piedade que sondara no seu coração as águas mais profundas? Mas era uma piedade de leão.”
(Clarice Lispector, “Amor”, em Laços de família. 20ª ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990, p. 39.)
Ao caracterizar a personagem Ana, a expressão “piedade de leão” reúne valores opostos, remetendo simultaneamente à compaixão e à ferocidade. É correto afirmar que, no conto “Amor”, essa formulação
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99Q936505 | Português, Figuras de Linguagem, Prova Amarela, ENEM, INEP

O açúcar

O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.

Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
[dono da mercearia.

Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.

(...)

Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8.

A antítese que configura uma imagem da divisão social do trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente na oposição entre a doçura do branco açúcar e
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100Q968832 | Português, Figuras de Linguagem, Função Administrativa, TJPE, IBFC, 2017

Texto associado.

Texto


Camelos e beija-flores...

(Rubem Alves)


A revisora informou delicadamente que era norma do jornal que todas as “estórias” deveriam ser grafadas como “histórias”. É assim que os gramáticos decidiram e escreveram nos dicionários.

Respondi também delicadamente: “Comigo não. Quando escrevo ‘estória’ eu quero dizer ‘estória’. Quando escrevo ‘história’ eu quero dizer ‘história’. Estória e história são tão diferentes quanto camelos e beija-fores...”

Escrevi um livro baseado na diferença entre “história” e “estória”. O revisor, obediente ao dicionário, corrigiu minhas “estórias” para “história”. Confiando no rigor do revisor, não li o texto corrigido. Aí, um livro que era para falar de camelos e beija-flores, só falou de camelos. Foram-se os beija-flores engolidos pelos camelos...

Escoro-me no Guimarães Rosa. Ele começa o Tutameia com esta afirmação: “A estória não quer ser história. A estória, em rigor, deve ser contra a história.”

Qual é a diferença? É simples. Quando minha filha era pequena eu lhe inventava estórias. Ela, ao final, me perguntava: “Papai, isso aconteceu de verdade?” E eu ficava sem lhe poder responder porque a resposta seria de difícil compreensão para ela. A resposta que lhe daria seria: “Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre...”

A história é o reino das coisas que aconteceram de verdade, no tempo, e que estão definitivamente enterradas no passado. Mortas para sempre. [...]

Mas as estórias não aconteceram nunca. São invenções, mentiras. O mito de Narciso é uma invenção. O jovem que se apaixonou por sua própria imagem nunca existiu. Aí, ao ler o mito que nunca existiu eu me vejo hoje debruçado sobre a fonte que me reflete nos olhos dos outros. Toda estória é um espelho. [...]

A história nos leva para o tempo do “nunca mais”, tempo da morte. As estórias nos levam para o tempo da ressurreição. Se elas sempre começam com o “era uma vez, há muito tempo” é só para nos arrancar da banalidade do presente e nos levar para o tempo mágico da alma.

Assim, por favor, revisora: quando eu escrever “estória” não corrija para “história”. Não quero confundir camelos e beija-flores...

A resposta quelhedaria seria: “Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre...”(5º§)


No último período, ocorre um jogo de palavras entre os advérbios explicitando a seguinte figura de linguagem
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101Q946337 | Português, Figuras de Linguagem, Econômica e Administração, UFJF, COPESE UFJF, 2018

Texto associado.

TEXTO 3:

“Retrato próprio”, de Manuel Maria du Bocage


Magro, de olhos azuis, carão moreno,

Bem servido de pés, meão na altura,

Triste de face, o mesmo de figura,

Nariz alto no meio, e não pequeno:


Incapaz de assistir num só terreno,

Mais propenso ao furor do que à ternura;

Bebendo em níveas mãos por taça escura

De zelos infernais letal veneno:


Devoto incensador de mil deidades

(Digo, de moças mil) num só momento,

E somente no altar amando os frades:


Eis Bocage, em quem luz algum talento;

Saíram dele mesmo estas verdades

Num dia em que se achou mais pachorrento.

(BOCAGE, Manuel Maria Barbosa du. Poemas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. p. 130.)

No Texto 3, o poema de Bocage constitui-se num autorretrato, marcado pelas autodescrições física e psicológica. É exemplo de sua descrição psicológica:
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102Q948236 | Português, Figuras de Linguagem, Letras Libras, UFS, INEP, 2018

Texto associado.
TEXTO VII


O Som das Mãos

as mãos cantam
em um silêncio
harmonioso
música em gestos
(instrumentos inaudíveis)
sonhos infantis
espadas cortando o ar
em dança de metais
pureza ímpar
delicadeza sonora
nos atos da imaginação
[...]
as mãos, que falam, silenciosas
cantam
uma canção de amor
como uma luz da escuridão.

Inaldo Tenório Cavalcanti

(FONTE: <http://www.recantodasletras.com.br/poesiasbucolicas/3363904> Acesso em 13 Jul. 2017, às 11:00h)
O paradoxo é uma reunião de ideias contraditórias em um só pensamento. Ele se apresenta neste poema para causar a diferença de linguagem. Identifique o verso que NÃO apresenta um paradoxo:
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103Q874249 | Português, Figuras de Linguagem, Agente de Saúde ACS, Prefeitura de Vila Velha ES, IBADE, 2024

Assinale a alternativa em que há sinestesia.
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105Q872273 | Português, Figuras de Linguagem, Inspetor de Alunos, Prefeitura de Cabreúva SP, Avança SP, 2024

Relacionada com a semântica, a linguagem figurada é composta por figuras de linguagem que servem como elementos de estruturação da linguagem. Nesse sentido, observe os exemplos abaixo e destaque a alternativa em que a figura de linguagem não condiz com o exemplo elencado.

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106Q864252 | Português, Figuras de Linguagem, Agente de Saúde ACS, Prefeitura de Santa Cruz de Monte Castelo PR, OBJETIVA, 2024

Figuras de linguagem são recursos utilizados para gerar efeitos nos discursos, ampliando a ideia que se pretende passar. Entre elas, está a hipérbole, que expressa uma ideia exagerada ou intensificada de algo. Assinalar a alternativa que NÃO apresenta uma hipérbole.
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107Q688139 | Português, Figuras de Linguagem, Segunda Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

“Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores, é coisa que admira e consterna. O que não admira e nem provavelmente consterna é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal, nem cinquenta, nem vinte e,quanto muito dez. Dez? Talvez cinco. Trata-se de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterneou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti alguma rabugem de pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi-a com a penada galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio.”(ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Edições de Ouro, Rio de Janeiro, 1983. p. 29)



Quando Brás Cubas afirma que escreveu esse romance “com a pena da galhofa e a tinta da melancolia” quis dar a entender que assim o fez para

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108Q937392 | Português, Figuras de Linguagem, primeiro e segundo dia, ENEM, INEP, 2024

A rua

A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas.

JOÃO DO RIO. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Cia. das Letras, 2008.


Nesse trecho, as metáforas usadas pelo narrador caracterizam a rua como um lugar que retrata a
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109Q951443 | Português, Figuras de Linguagem, Vestibular, UNIFESP, VUNESP, 2018

Os ______ haviam “civilizado” a imagem do índio, injetando nele os padrões do cavalheirismo convencional. Os _________, ao contrário, procuraram nele e no negro o primitivismo, que injetaram nos padrões da civilização dominante como renovação e quebra das convenções acadêmicas.

(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)

As lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por

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110Q951458 | Português, Figuras de Linguagem, Segundo Semestre, CEDERJ, CECIERJ, 2019

Texto associado.

TEXTO 2


MINHA INFÂNCIA (trecho)

(Freudiana)

Cora Coralina


A rua... a rua!...

(Atração lúdica, anseio vivo da criança,

mundo sugestivo de maravilhosas descobertas)

- proibida às meninas do meu tempo.

Rígidos preconceitos familiares,

normas abusivas de educação


- emparedavam.


Na quietude sepulcral da casa,

era proibida, incomodava, a fala alta,

a risada franca, o grito espontâneo,

a turbulência ativa das crianças.


Contenção. motivação.Comportamento estreito,

limitando, estreitando exuberâncias,

pisando sensibilidades.

A gesta* dentro de mim...

Um mundo heroico, sublimado,

superposto, insuspeitado,

misturado à realidade.

*Gesta: composição poética que narra feitos memoráveis ou heroicos.

CORALINA, Cora.[coordenação, apresentação crítica e biografia Darcy França Denófrio].(Coleção melhores poemas). São Paulo: Global, 2004. (p. 95 a 100).


Cora Coralina (1889-1985), doutora honoris causa pela Universidade de Goiás, membro da Academia Goiana de Letras, recebeu, como poeta e ficcionista, o troféu Jabuti e o prêmio Juca Pato como intelectual do ano em 1984. Cora cursara somente o primário, mas poetara desde os 14 anos.

TELLES, Norma. Escritoras, escritas, escrituras. In: PRIORE, Mary Del. (org.); PINSKY, Carla Bassanezi (coord. de textos). 10.ed. 6a. reimpr. São Paulo: Contexto, 2018. p.408-409.

O enunciado “A rua... a rua!...”, no contexto do poema, constitui uma frase
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