Marx afirma, no pósfacio da 2ª edição alemã
do Capital, que:
“Meu método dialético, em seus fundamentos,
não é apenas diferente do método hegeliano, mas
exatamente seu oposto. Para Hegel, o processo de
pensamento, que ele, sob o nome de Ideia, chega
mesmo a transformar num sujeito autônomo, é
o demiurgo do processo efetivo, o qual constitui
apenas a manifestação externa do primeiro. Para
mim, ao contrário, o ideal não é mais do que o
material, transposto e traduzido na cabeça do
homem. (...)
(...) A mistificação que a dialética sofre nas mãos de
Hegel não impede em absoluto que ele tenha sido
o primeiro a expor, de modo amplo e consciente,
suas formas gerais de movimento. Nele, ela se
encontra de cabeça para baixo. É preciso desvirá-la, a fim de descobrir o cerne racional dentro do
invólucro místico.”
(MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro I.
Tradução Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo Editorial,
2013. p.78-79)
Ao delimitar uma diferença entre sua dialética e a
dialética hegeliana, Marx transporta sua dialética
das ideias para a realidade social em contradição.
Refletindo sobre a dialética em Marx, podemos
AFIRMAR que:
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