A fluorose está concentrada na dose estimada de risco de 0,07 mg F/kg de peso corporal/dia, e estudos longitudinais têm mostrado que a quantidade de flúor ingerida por uma criança/jovem pela dieta e pelo dentifrício fluoretado não corresponde à fluorose observada anos depois. Portanto, para Tenuta e Cury (2009), “crianças que ingerem uma grande quantidade de dentifrício a cada escovação continuam sob alto risco de desenvolver fluorose, mesmo utilizando um dentifrício de baixa concentração de flúor. Além disso, a recomendação do uso de dentifrícios não fluoretados ou com concentração reduzida de fluoreto, além da redução do efeito anticárie, pode gerar a ideia de que esses dentifrícios são mais seguros para serem ingeridos”. Diante do exposto, é correto afirmar que:
a) Os dentifrícios com concentração de flúor menor que 500 ppm, se ingeridos em pequenas quantidades, vão causar fluorose dentária e têm ação anticárie.
b) Crianças e jovens podem utilizar dentifrício com ótimos índices de flúor, entre 1.000 e 1.500 ppm, se tiverem controle da vazão do produto, sem aumento do risco de fluorose mesmo que consumam água fluoretada com alta concentração de flúor.
c) Os dentifrícios com baixo teor de flúor têm menor risco de causar fluorose e são mais seguros para crianças até os 3 anos.
d) Os dentifrícios com ótimo teor de flúor são indicados em todas as idades pelo efeito anticárie, pois o riscoaumentado de fluorose é devido à ingestão de grande quantidade do produto; portanto, sehouver controle da ingestão ou o uso de pequenas quantidades, o risco de fluorose é diminuído.
e) Seja qual for a concentração de flúor no dentifrício, sempre haverá fluorose dentária se a criança não tiver uma dieta adequada e deglutir todo o dentifrício, independentemente da quantidade.