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Questões de Concursos Formação das Palavras Composição

Resolva questões de Formação das Palavras Composição comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


63Q884180 | Português, Formação das Palavras Composição, Agente Administrativo, Prefeitura de Cururupu MA, FUNATEC, 2024

Marque a alternativa em que a formação de palavras é exemplificada corretamente:
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64Q956201 | Português, Formação das Palavras Composição, Auxiliar Administrativo, Câmara de Patrocínio do Muriaé MG, Consulplan, 2025

Texto associado.
Vênus

Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem mais graves –, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam ambos naquela faixa intermediária em que ficou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das outras.
Ela chamava-se Beatriz. Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de como tudo começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se, sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre ficava enroscado na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
– Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
– Credo, aquele estrelete?
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos fincados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.


(Caio Fernando Abreu. Além do ponto e outros contos. Editora Ática. 2019.)


Considerando o significado contextual das palavras, é correto afirmar que o termo “taquareiro”, no 8º§ do texto, apresenta a acepção de:
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65Q993321 | Português, Formação das Palavras Composição, Analista Censitário Letras, IBGE, AOCP, 2019

Texto associado.

TEXTO IV


No início dos anos 80, a humanidade teve que se adequar às novas posturas em nome de um mercado globalizado. Agora, acomoda-se aos critérios do mundo digitalizado para não se excluir da dança orquestrada pelos artífices da vida virtual. São regras e comportamentos assentados sem plebiscitos ou referendos. [...]

Deste modo, as pessoas adentram no universo da informática, em cujo seguimento, de forma instigadora, vende-se a ideia de facilitação, de encurtamento de distâncias, e de inclusão social […]. No caminho desses trilhos virtuais se estabelecem dependências, e as pessoas, apesar dos inúmeros amigos em suas redes sociais, estão sozinhas ao final de cada acesso e bate-papos. Essas certificam pesarosas, enfim, que as telas de computadores ou de celulares não lhes proporcionam aquilo que apenas outro humano poderia ceder-lhes, a exemplo do calor e afeição.

No modus vivendi da pressa e do estresse, enquanto marco da nova era, abre-se o leque para temáticas que vão desde os meandros da informática até a implantação de chips em humanos, sem embargo das nuvens que acondicionam informações digitais.

O diálogo, agora, se esvazia na perspectiva de humanos. Há um monólogo estabelecido com robôs ou inteligências artificiais, que vicejam superar homens, antes de servi-los, apesar da evidente colisão com o princípio da automação que recomenda que a máquina jamais supere humanos. Constata-se, todavia, que o contrário dessa premissa vai se assentando, na medida em que pais de família, superados por computadores, estão expostos na vala do desemprego. Nesse sentido, atesta-se a estruturação de uma sociedade de excluídos numa época que tanto se propugna por ações inclusivas. […]

FILHO, Zilmar Wolney Aires. Fragmentos. Disponível em: <https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/10633/Rastros-de-uma-nova-era-inteligencias-artificiais-reproducoes-assistidas-vidas-virtuais-chips-na-pele-e-fisica-quantica>. Acesso em: 18 jun. 2019.

Assinale a alternativa em que a palavra seja formada pelo processo de parassíntese.
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66Q895569 | Português, Formação das Palavras Composição, Cirurgião Dentista, Prefeitura de Brusque SC, FEPESE, 2024

Assinale a frase que contém o maior número de palavras formadas por derivação.
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67Q985483 | Português, Formação das Palavras Composição, Auxiliar de Administração, Câmara de Progresso RS, OBJETIVA, 2025

Texto associado.

A ativista paquistanesa Malala Yousafzai é (1) mundialmente conhecida por lutar pelo direito das mulheres de estudarem, assim como por ter sobrevivido a um atentado promovido pelo Talibã, organização fundamentalista que dominava e liderava a região do Vale Swat, no Paquistão, que é bastante conservadora.

(2) Hoje, Malala vive na Inglaterra e é uma mulher (3) casada. Ela nasceu em 12 de julho de 1997, na cidade de Mingora, no Vale de Swat. O sustento de sua família, que tinha uma origem bem simples, vinha da escola fundada por seu pai, que foi quem incentivou que ela, ainda criança, entendesse a importância dos estudos.

Em 2008, o líder talibã exigiu que as escolas paquistanesas interrompessem as aulas para as meninas, o que fez com que Malala criasse o blog “Diário de uma Estudante Paquistanesa”, no qual publicava textos sobre seu amor pelos estudos e as dificuldades de ser uma menina e estudante no Paquistão. O blog, no entanto, era escrito sob um pseudônimo, mas em poucos meses sua identidade acabou sendo revelada, o que a tornou (4) famosa em todo o mundo. Malala concedia entrevistas para diversos jornais, o que atraiu a fúria dos talibãs, que a consideravam uma ameaça contra o Islã.

O ataque contra Malala aconteceu em outubro de 2012, quando ela estava em um ônibus que a levava para casa, junto a outras meninas, após um dia na escola. Na época, ela tinha 15 anos de idade, e acabou sendo baleada na cabeça, o que chocou o Paquistão e o mundo. Para se tratar, Malala foi retirada do país com sua família e levada ao Reino Unido. Após o período de recuperação, ela voltou a frequentar a escola, dessa vez na Inglaterra, e se formou. Exatos cinco anos após o atentado contra a sua vida, Malala ingressou na faculdade.

Fonte: Educa Mais Brasil. Adaptado.

Em qual das alternativas a palavra sublinhada é uma palavra formada por aglutinação?
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70Q920429 | Português, Formação das Palavras Composição, Administração Geral, Câmara de Itupeva SP, Avança SP, 2025

Analise os processos de formação de palavras descritos abaixo e assinale a alternativa que traz um erro em sua elaboração.
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71Q951672 | Português, Formação das Palavras Composição, Auxiliar de Saúde Bucal, Prefeitura de São Domingos SC, Instituto Fênix, 2025

Texto associado.
TEXTO PARA A QUESTÃO.

Cuidar da saúde bucal pode ajudar a manter a saúde na terceira idade

O envelhecimento é uma jornada única, marcada por aprendizados, mudanças e adaptações. E, nessa caminhada, preservar a saúde deve ser uma prioridade. Entre tantos aspectos relacionados ao bem-estar na maturidade, a saúde bucal ocupa uma posição central. Contudo, essa conexão nem sempre recebe a atenção necessária, mesmo sendo decisiva para a qualidade de vida e a longevidade.
Diariamente, no consultório, é possível observar os impactos da saúde da boca — ou da falta dela — no organismo em sua totalidade. Descuidar dessa área pode desencadear um efeito cascata, com prejuízos que vão muito além do sorriso.
Estudos recentes, realizados no Japão e publicados na revista científica The Lancet, avaliaram 13 aspectos relacionados à saúde bucal, como perda dentária, capacidade mastigatória e problemas periodontais, observando associações significativas com taxas de mortalidade e incapacidade funcional.
De acordo com os dados, melhorar o desempenho mastigatório poderia evitar até 23,1% dos casos de incapacidade funcional e 16,47% das mortes. Tais números revelam o impacto crítico de questões bucais na saúde geral, especialmente em idosos.
Eles servem de alerta para o Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil), cerca de 14,4% da população adulta é completamente desdentada, e 70% dos idosos necessitam de algum tipo de prótese dentária. Esses índices refletem, em parte, práticas do passado, quando a extração dentária era amplamente utilizada como solução para problemas odontológicos. Hoje, com os avanços da odontologia, sabemos que preservar os dentes naturais sempre que possível é essencial para a saúde física e também para a autoestima.
Mas por que a saúde bucal é tão importante no envelhecimento? A resposta está na interconexão entre a boca e o restante do corpo. Bactérias provenientes de uma gengivite ou periodontite podem entrar na corrente sanguínea, alcançando órgãos vitais e desencadeando infecções graves, como endocardite. Isso é especialmente perigoso em idosos, cujo sistema imunológico, naturalmente mais fragilizado, tem respostas mais lentas e menos eficazes.
Além disso, a perda de dentes ou o uso de próteses mal ajustadas impactam diretamente a dieta e a nutrição. Sem dentes funcionais, muitos pacientes deixam de consumir alimentos importantes, como carnes, grãos e vegetais crus, optando por dietas mais pobres, de mais fácil mastigação. Esse desequilíbrio alimentar compromete o organismo de maneira global, prejudicando, inclusive, o sistema imunológico e a saúde cardiovascular.
A saúde bucal também afeta o bem-estar emocional e social. Dificuldades para mastigar, falar ou sorrir podem afetar a interação com outras pessoas, levando ao isolamento social, à ansiedade e até à depressão. Por isso, cuidar da boca é garantir uma vida plena em todos os sentidos.

Fonte: https://www.agazeta.com.br/artigos/cuidar-da-saude-bucalpode-ajudar-a-manter-a-saude-na-terceira-idade-1224 (adaptad
No trecho “Esse desequilíbrio alimentar compromete o organismo de maneira global...”, o termo “desequilíbrio” pode ser substituído, sem alterar o sentido, por:
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74Q908237 | Português, Formação das Palavras Composição, Fonoaudiólogo, Prefeitura de Bom Sucesso do Sul PR, UNIVIDA, 2024

Texto associado.

Precisamos falar sobre a Madonna, a nova grande voz contra o etarismo

Madonna deixa claro para a gente parar de julgar as pessoas pela idade que elas têm. "Nós somos feitos de futuro", se Madonna é, nós também podemos ser.

Francisco Iglesias | 25/04/2024


“Poder. Inovação. Identidade. Madonna, 65 anos de talento, ativismo e importância na cena musical, misturou tudo isso e muito mais em uma carreira singular na música, moda, filmes, além disso, ultrapassou fronteiras e obliterou o status quo.”, publicou o New York Times durante as celebrações de seu 60º aniversário.

Durante décadas, Madonna esteve no centro de polêmicas por causa de suas canções de discurso empoderado, da defesa da liberdade sexual da mulher e dos LGBTQ+, assim como da liberdade de expressão, influenciando pessoas em todo o mundo. Não poderia ser diferente, nos dias de hoje, a rainha do pop tornar-se mais uma das grandes vozes contra o Etarismo.

“Envelhecer é pecado. Você será criticada, será vilipendiada e definitivamente não será tocada no rádio”, disse Madonna após ganhar o prêmio de Mulher do Ano da Billboard em 2016. “As pessoas dizem que eu sou tão polêmica, mas acho que a coisa mais POLÊMICA1 que já fiz foi ficar por aí.”

Madonna nasceu no final da década de 50 do século passado, em 16 de agosto de 1958. Ela faz parte da geração que inventou o “jovem”, e ao mesmo tempo, sem saber, também o etarismo, conforme brilhantemente o multitarefa Nelson Motta escreveu em sua coluna de outubro de 2023 para “O Globo”.

“Penso que, assim como inventamos o ‘Jovem’ (e o etarismo), cabe a essa geração de sobreviventes tentar inventar o ‘Velho’, pelo rompimento com preconceitos conservadores, com limitações de cultura e comportamento, com a construção de velhos fortes e saudáveis, orgulhosos de sua experiência, trabalhando, produzindo, namorando, fazendo sexo, brigando, sofrendo e vivendo da melhor maneira até onde der.” (Nelson Motta, “De volta para o futuro”, 1968).

Em geral, uma celebridade não pode se dar ao luxo de ser tão contundente no que acredita, mas Madonna fala francamente, “é sem dúvida um ícone. Mesmo com o passar do tempo e as reinvenções da indústria musical, a artista se mantém no topo da lista de referências quando o assunto é cultura pop.”

(Camilla Millan, na revista “Rolling Stones”)

Como deve ser de conhecimento de todos, Madonna fará um show gratuito na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, no próximo dia 4 de maio, em celebração aos 100 anos do patrocinador, Banco Itaú, aos seus 40 anos de carreira e ao encerramento do fim da turnê “The Celebration”.

Propaganda boa a gente tem que aplaudir, e o pontapé inicial para essa comemoração dos 100 anos do banco foi a peça publicitária, estrelada por Madonna e outros nomes, de dezembro de 2023. NINGUÉM2 representa mais a ideia de reinvenção e longevidade na prática do que Madonna. “Ser feito de futuro é ter capacidade de perpassar os tempos e permanecer relevante, se reinventando. Esse movimento é um convite para que todos se inspirem e valorizem o tempo, a longevidade e o legado que cada um constrói em suas vidas”, diz em nota a superintendente de Marketing do Itaú, Thaiza Akemi.

O Itaú entregou à Madonna a criação de seu comercial, a primeira em que o banco permitiu que um artista criasse do zero a publicidade. A seguir algumas frases, em tradução livre, da propaganda:

“É um elogio quando me chamam de rainha do pop, mas a monarquia pertence ao passado, eu não. Eu não tenho idade, eu tenho todas as idades. Não é sobre quem eu sou, mas quantas eu sou. CONTÉM3 as minhas conquistas e não o número de anos que vivi nesse planeta.”

“Sempre estou me reinventando, assim posso continuar a ser quem eu sou. Continuo me reinventando para poder continuar sendo eu mesma. Acho que a coisa mais controversa que eu já fiz foi ter ficado por aqui. Já vi muitas estrelas surgirem e sumirem como estrelas cadentes, mas a minha vida nunca irá desaparecer.”

“Nem todos estão indo para o futuro, mas eu estou e continuarei indo, hoje, amanhã e nos próximos 100 anos.”

próximos 100 anos.” Nada se parece mais com Madonna do que essas frases, com isso Madonna deixa claro para a gente parar de julgar as pessoas pela idade que elas TÊM4 . A idade não existe a não ser pelo preconceito.

“Nós somos feitos de futuro”. Se Madonna é assim, nós TANBÉM5 podemos ser.

(Fonte: https://www.em.com.br/colunistas/juventudereversa/2024/04/6844213-precisamos-falar-sobre-amadonna-a-nova-grande-voz-contra-o-etarismo.html. Acesso em: 27 abr. 2024. Adaptado.)

Os vocábulos “celebridade” e “celebrações” são formados por:

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75Q907244 | Português, Formação das Palavras Composição, Fisioterapeuta, Prefeitura de Mossoró RN, IDECAN, 2024

Texto associado.

Texto para as questões de 1 a 10.

Texto de Clarice Lispector.


1 Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser

humano, no berço mesmo, já começou.

Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de

algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.

5 Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um

destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.

Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho

medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso

de mais do que isso.

10 Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova

de “solidão de não pertencer” começou a me invadir como heras num muro.

Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não

é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro

15 de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária

pode se tornar patética.

É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer:

tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de

tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.

20 Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade

intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique

uma pessoa ou uma coisa.

Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de

precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida.

25 A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo.

E então eu soube: pertencer é viver.

Fonte: https://www.culturagenial.com/clarice-lispector-textos-poeticos-comentados/.

Considerando os processos de formação de palavras por derivação e por composição, assinale a alternativa que regra. apresenta a relação correta.

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76Q987994 | Português, Formação das Palavras Composição, Infraestrututa de TIC, PRODESTES, IBADE, 2024

Texto associado.
Mundo de curiosidades

CHC | 354


1. Cérebro em desenvolvimento

Quando nascemos, o nosso cérebro não é considerado totalmente “pronto”. Ele continua crescendo e se desenvolvendo por muitos e muitos anos. Da gestação até os 3 anos de idade é quando o cérebro mais cresce. Esse período de amadurecimento inicial permite, por exemplo, que a criança se comunique, sente, ande e interaja com as pessoas. Já por volta dos 6 anos de idade, o córtex cerebral (a parte externa que todos chamam de “massa cinzenta”) completa seu desenvolvimento. Essa é a região responsável pela nossa capacidade de falar, prestar atenção numa aula, de usar o lápis para escrever nas linhas de um caderno, entre outras coisas. Na adolescência, por volta dos 14 anos, outras regiões amadurecem, permitindo o controle das emoções. Esse período dura mais tempo. Somente por volta dos 30 anos de idade é que o cérebro humano para de crescer. Acredita?


Priscilla Oliveira Silva Bomfim
Núcleo de Pesquisa, Ensino, Divulgação e Extensão
Universidade Federal Fluminense



2. Os carros voadores estão chegando?


Você já deve ter andado em um carro, mas duvido que tenha voado em um! Os carros voadores, porém, já são realidade. Trata-se de um tipo novo de veículo que se parece com um carro, mas possui hélices como um helicóptero. São bem parecidos também com um drone, só que maiores, como um carro de verdade, com hélices bem grandes. Outra curiosidade é que eles podem transportar passageiros sem a presença de um piloto. Sim! Eles voam de forma autônoma.

A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronaves) está desenvolvendo o primeiro carro voador do Brasil. Outros estão em construção em países como China e Austrália. O que você acharia de voar de carro por aí?

Kalinka Branco
Laboratório de Sistemas Embarcados Críticos
Departamento de Sistemas de Computação
Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação
Universidade de São Paulo



3. Emigração ou imigração?

Emigração e imigração são termos que ______ (faz/fazem) referência a movimentos de deslocamento de populações no mundo, em busca de moradia fixa em outra região ou país. Atualmente, cerca de oito bilhões de pessoas ______ (habita/habitam) nosso planeta, distribuídas por diferentes partes e com situações de vida distintas. É justamente em função destes diferentes contextos que ______ (ocorre/ocorrem) as migrações.

Emigração é o movimento de saída do local de moradia em busca de uma nova residência em outra região ou país. Dentre os fatores que ______ (leva/levam) as pessoas a saírem estão pobreza, desemprego e risco de vida, seja por guerra ou por mudanças climáticas.

Já a imigração é o movimento de entrada em uma nova região ou país para estabelecer moradia. Dentre os fatores que mais atraem as pessoas para isso ______ (está/estão) melhores oportunidades de emprego, estudo e qualidade de vida, além da própria sobrevivência.


Deborah da Costa Fontenelle
Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira
(CAp-Uerj)



4. Época das frutas


[As] frutas produzidas por cada espécie de vegetal passam por seus próprios processos de amadurecimento. E estes processos estão ligados a condições do solo e do clima, como temperatura e volume de chuvas. Há frutas que se dão melhor em estações mais frias e com pouco sol, por exemplo, enquanto outras, precisam de temperaturas mais altas. São [as] chamadas “frutas da época” ou “frutas da estação”, e é natural que se desenvolvam melhor e captem mais nutrientes do solo em condições favoráveis. Além de serem mais saborosas, seus valores nutricionais também são maiores.

Outro fato importante é que o combate [a] pragas costuma ser mais intenso em plantações fora de época. Assim, [as] frutas cultivadas em suas épocas específicas necessitam muito pouco ou nenhum agrotóxico. Viu só? O consumo de frutas da estação é uma maneira saudável e consciente de garantir [a] sustentabilidade da produção e torná-la mais segura para o planeta!



Ana Paula Gelli de Faria
Departamento de Botânica
Universidade Federal de Juiz de Fora


MUNDO de curiosidades (seção). Ciência Hoje das Crianças, ed. 354, maio de 2024. Disponível em: https://chc.org.br/artigo/mundo-de-curiosidades-354/. Acesso em: 04 mai. 2024. Adaptado.
Qual é o processo de formação de palavras que originou o vocábulo “sobrevivência”?
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78Q988414 | Português, Formação das Palavras Composição, Auxiliar Administrativo, CRCMS, IBADE, 2024

A formação de palavras em português ocorre por diversos processos, incluindo derivação, composição e aglutinação. Com base nisso, qual das alternativas apresenta um exemplo de formação por derivação?
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79Q989377 | Português, Formação das Palavras Composição, Pregoeiros Agente de Contratação, Prefeitura de São Felipe DOeste RO, IBADE, 2024

Texto associado.
Você amou de verdade?


Lógico que não falo aqui do amor que circula pelas redes, volátil e preguiçoso, dançando uma coreografia pobre ao ritmo dos cliques e algoritmos. A questão é mais profunda.
Renato de Faria | 18/03/2024

De todas as questões humanas, essa é aquela nos pega, sem avisar, em um domingo qualquer, em uma segunda sem razão ou naquela quarta insossa. Repare que o ponto central não é, como parece, a capacidade filosófica de encontrar a verdade, mas a disposição para a nobreza de amar.

Sei que a filosofia, a sociologia e a ciência política tentam separar as coisas de uma forma conceitual: esquerda e direita, materialistas e espiritualistas, proletariado e burguesia. Porém, acredito que, no fim das contas, a separação mais fundamental é entre aqueles que amam e os outros que dispensaram o sopro divino do amor.

Cansamos da política, das análises científicas, das pesquisas acadêmicas. Mas nunca ouvi ninguém revestido da empáfia de “se cansar de amar”. Isso se dá pelo efeito renovador que esse sentimento é capaz de gerar nos sujeitos que decidem carregá-lo. O amor é aquele sentimento fundamental que nos autoriza a viver a vida com certa elegância existencial. Aqueles que amam são percebidos à distância, como ilhas de sabedoria diante do caos.

Do lado daqueles e daquelas capazes de amar, o mundo se abre diante de um convite à renovação diária, como salienta Hannah Arendt em sua tese sobre Santo Agostinho. Ao contrário de seu mestre, Heidegger, para quem o homem é um “ser-para-a-morte”, tendo a finitude diante de si, a filósofa destaca que somos destinados a “nascer”, o “amor mundi”, pois cada vida que surge traz consigo a possibilidade de uma mudança substancial na escrita da história.

Lógico que não falo aqui do amor que circula pelas redes, volátil e preguiçoso, dançando uma coreografia pobre ao ritmo dos cliques e algoritmos. A questão é mais profunda, pois se trata de uma busca que contorna a vida inteira, no fluxo incerto de uma realidade que está sempre disposta a nos mostrar a desvantagem na qual se encontram aqueles que decidem amar.

Como nos lembra o próprio Agostinho, retomando João, o Apóstolo, não podemos pensar no amor como o fim da existência, pois ele é, ao contrário, o princípio de tudo: “Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos”.

Acredito que, quando a aventura terrena terminar, se alguma divindade estiver realmente nos esperando do lado de lá, talvez a única pergunta relevante seja - você amou de verdade? E ela não se importará em qual templo você fez isso, a partir de qual ideologia ou para quem você direcionou essa força criadora, pois o amor nada mais é que a transgressão divina diante de um mundo caduco, acelerado e perdido.

No fim das contas, o importante mesmo será o fato de ter experimentado, em vida, o único sentimento reservado aos deuses, que sabiamente conseguimos roubar do Olimpo. Só assim seremos capazes de entender a linguagem da eternidade.


Fonte: FARIA, Renato de. Você amou de verdade? Estado de Minas, 18 de março de 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/colunistas/filosofiaexplicadinha/2024/03/6820298-voce-amou-de-verdade.html. Acesso em: 10 abr. 2024. Adaptado.
Qual é o processo de formação de palavras que embasa a construção do vocábulo ser-para-a-morte?
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80Q908240 | Português, Formação das Palavras Composição, Enfermeiro II, Prefeitura de Barbosa Ferraz PR, UNIVIDA, 2024

Texto associado.

TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 01 A 05.


A maternidade é para mim?


A pergunta correta é: você quer que seja?

Ana Fontes | 10.mai.2024


Mais um domingo de Dia das Mães chegando, campanhas publicitárias caríssimas de um lado, cartazes de "aqui está o presente da sua mãe" na prateleira de Tupperware do mercado do outro. A coluna de hoje é uma carta aberta às mães.

Se você me perguntar qual é o trabalho mais complexo do mundo, direi que é ser mãe. A verdade é que não há desafios em uma empresa que se comparem aos desafios da maternidade. Ser mãe envolve se desdobrar em desafios físicos, emocionais e, principalmente, sociais. No Brasil, as mulheres representam mais da metade da população (e são mães da outra metade). A maternidade deveria ser uma pauta essencial a ser discutida no trabalho, na política e na sociedade.

Apesar de este texto ser voltado para mães, percebo a maternidade como uma escolha livre para as mulheres. Ela não deve ser encarada como o único caminho para nós. Definitivamente, não estou entre aqueles que acreditam que a mulher nasceu para ser mãe; você nasceu e pode se tornar quem e o que quiser.

Observo mulheres enfrentando o dilema de quando ser mãe e como isso afetará suas carreiras. Essa situação, além de desafiadora, não deveria nos impor pressa ou medo na realização de nossos sonhos, nem nos obrigar a sacrificar outras áreas de nossas vidas. Mas a gente sabe que a realidade não é assim.

Sem querer romantizar, mas, [como] mulher e rodeada de outras, nós sabemos, mais do que ninguém, [como] fazer do limão uma limonada. Apesar de o mundo não ser feito para nós, ele é feito por nós. Diversos estudos mostram que as habilidades adquiridas na maternidade são valiosas no ambiente de trabalho. A capacidade de gerenciar tarefas, de tomar decisões e de resolver problemas de forma criativa é uma competência adquirida ao longo dessa jornada louca que é maternar.

E sim, para que isso aconteça, a gente precisa de mulheres e de mulheres-mães no poder para que licença maternidade não seja sinônimo de demissão quando esse período acabar. Que não precisemos passar por sufoco para conseguir creches e pré-escolas acessíveis e de qualidade, que as empresas enxerguem a flexibilidade de horários como algo normal na rotina de qualquer ser humano, que salários justos e oportunidades sejam iguais para homens e mulheres. Precisamos de nós tomando decisões por nós, já que sabemos onde o calo aperta.

Mas hoje vim falar sobre o respeito que parece que as mulheres não recebem por suas escolhas. Então, que, nos próximos dias das mães — cientes de que não será logo —, a gente enxergue a verdadeira contribuição delas para o mundo, que a maternidade não tenha gosto de culpa e muito menos de fim do mundo. Que a maternidade seja celebrada por quem decidiu vivenciá-la e respeitada por quem não quis. No final, sempre somos nós por nós.

FONTES, Ana. A maternidade é para mim? Folha de São Paulo, 10 de maio de 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ana-fontes/2024/05/a-maternidade-e-para-mim.shtml. Acesso em: 11 mai. 2024. Adaptado.

Os processos de formação de palavras que originaram, respectivamente, os vocábulos “maternar” e “mulheres-mães” são:

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